<$BlogRSDUrl$>

terça-feira, dezembro 30, 2003

Aproveitando esse clima de retrospectiva, gostaria de garantir o lugar da LUCELIA SANTOS na listinha de pedradas. Duas noites atras, me torturei por uma hora assistindo o filme que conta a historia da Luz del Fuego. Ninguem merece ver a lulu com olhos fatais e maquiagem mal feita, dancando com cobras, exibindo uma pilinga pra la de black power. Nao bastando, ela ainda fez uma cena com um ator velhote que so faz papel de cafajeste, onde ela morde seu mamilo mochibento. Nao sei por que existe esse canal brasil, ele so me traz desgosto depois da meia noite. Acho que qdo eu precisar me excitar, vou procurar o canal da Playboy mesmo.

Aproveitando o momento pedrada, gostaria de adicionar tambem a rockeira Pity, que nem me da vontade de criticar, por ser obvio demais.

domingo, dezembro 28, 2003

eu nao sei o que vcs viram neste sabado passado, mas eu vi uma chuva de fogos de artificio que bem me fez lembrar da infancia, quando a gente queimava bom-bril pra fazer faisca. em cima da trilha sonora, que era um grande batidao surge um grito de um nego magrelo de short, que estava acompanhado de outro negro magrelo, soh que este de sainha: "pau no cu do mundo".
embaixo do palco tinha uma galera nao muito grande, mas que parecia animada, se eh que dah pra se animar em uma festa com cerveja a 3 paus. mas, qual foi a minha surpresa quando no meio dessas pessoas requebrentas reconheci 1 par de olhos verdes... sim... eram aqueles olhos verdes que uma vez eu vi no terra madre. e que por outras vezes vi nas galerias de fotos do cha com bolachas. entre uma rebolada ou outra e um negao ou outro, sim, era ela. uma vae fan, que jah foi vaeana por um dia: mrs. d.
ela mesma, criada nas melhores escolas, e assim como jellybeah, com os melhores shampoos, estava lah, toda rebolativa dancando "musica de preto, de favelado, quando a gente toca ninguem fica parado".
e eu que pensava que as surpresas parariam aih. eh, nao pararam. eu me deparei com a-ha! e michael jackson. eh. discotecagem basica do case da d. e ao som de "thriller" e "touchy" cheguei em casa. nao sei pq isso tudo ainda nao saiu da minha cabeca.


terça-feira, dezembro 23, 2003

Finalmente consegui escrever no finalzinho do segundo tempo.
Gostaria de desejar Feliz Natal e Ano Novo pras gatas e dizer que esse blog, com certeza, foi a melhor leitura do ano, não?

Pra representar rapida e sapatonicamente essa epoca de nascimento interior, posto aqui uma frase das Baigdas, onde uma lesbica, assim como o divino espirito santo, anuncia sua gravidez a sua parceira:

"ENTRE AS CHAVES E O CANIVETE
GUARDO UM FILHO TEU
EM MINHA POCHETE"

CLARICE LISPECTREMAN
(A Escritora e seus Monstros)

Joana lavava a louça de dobradinha. Todo o sábado era a mesma coisa, os colegas de trabalho do marido na Viação vinham almoçar e confraternizar. Estrangeira, nascida no leste, embora tenha sido criada no Brasil, dona Clarice nunca entendeu direito aquele evento. Participava, era sua função social, mas no fundo não pegava muito bem o sentido da coisa.

No finzinho da louça, sai do ralinho entre legumes, uma barata. Susto, Clarice solta um prato, que quebra e paralisa. A barata paralisa. O tempo paralisa. Olham-se, estratégicas, em dúvida, espera e co-dependência. Clarice, a barata, Clarice.

- Não adianta lavar a louça, a cozinha, a casa, a alma, eu venho dos cantos que você não enxerga e espalho minha imundicie pelos cantos que você não alcança. Quem sou eu?

Clarice em silêncio olha fixamente o inseto. Move o caco de prato na mão direita e, num momento quase inexistente, o deposita sobre a barata, no meio dela, cortando-a, mas não matando, fazendo verter seu interior. Clarice em silêncio olha a massa branca e se vê nela, no detergente, na dobradinha, no mármore gasto da pia, no marido ausente, na empregada que não veio, nos armários de toda a casa, em todos os armários do mundo, tudo feito da mesma coisa, todos a mesma matéria, a mente uma corrente circulatória do ser que é o mundo. E ela não sendo o tempo inteiro.

- Você sou eu.
- Meu nome é Gregor Helen Palmer, mas pode me chamar de G.H. Sou você, sim, mas o você que não viveu.
- E eu nem quero que viva, não quero saber, não tenho mais tempo de mudar, volte para o seu ralinho e me deixe em paz com estes restos de intestino de boi.
- Não adianta fugir de mim. Eu sempre estarei aqui, no escuro, no ralo da sua existência.
- Não! Suma!
- Eu posso sumir, mas não deixar de existir.
- Não!!
- Não adianta. Você não é mais cega, Joana.
- Suma!
- Não!
- Sim!
- Não!
- Suuuuuuuuuumaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!

Desesperada, Clarice coloca as mãos na cabeça, encolhe, agarra os cabelos, começa a tremer, suar, chorar, aflorar de si mesma. Suas roupas se rompem, um grito não acaba e ela começa a crescer, crescer, ultrapassar os limites da casa, romper paredes, teto, transformar-se num monstro sobre a cidade. Ainda tonta, lembra-se da barata, olha para ela que começa a crescer de dentro do ralinho, tornar-se outro monstro gigante jogando sua sombra oval sobre a cidade.

Olham-se, estratégicas. Em silência. A barata inspira fundo e começa a inflar o peito, como que carregando uma arma fantástica de monstro japonês, infla o peito e arremessa na cara de Clarice um jorro de massa branca, a verdade sobre ela própria, a falta de sentido da sua vida.

Arrasada, Clarice se prostra no chão coberta da gosma branca. A luz que ainda brilhava em seu coração e a impelia para as enfadonhas obrigações do que ela achava que era a vida, sem nem perceber que só tinha uma, a luz que ainda brilhava começa a piscar. Um alerta de alguém que morreu por dentro. Clarice sobreviveria à própria consciência? Clarice sobreviveria ao encontro consigo mesma?

(música pop japonesa)

De repente, Clarice começa a levantar a cabeça como se recobrasse forças. Cambaleante, ergue-se, erege-se, equilibra-se, olha a barata com olhos amargos e sem inocência - eles nunca mais terão a inocência que a fazia tão bonita – e dispara:

- “A energia da terra precisa ser renovada. as idéias novas precisam de espaço. O corpo e alma precisam de novos desafios. O futuro bate à nossa porta, e todas as idéias - exceto as que envolvem preconceitos - terão chance de aparecer. O que for importante, ficará; o que for inútil, desaparecerá. Mas que cada um julgue apenas as próprias conquistas: não somos juizes dos sonhos de nosso próximo.”

A barata faz um olhar confuso.

- O quê????

Clarice dispara novamente:

- "Existe uma obra de arte que nos foi destinada a criar. Ela é o ponto central de nossa vida, e - por mais que tentemos nos enganar - sabemos como é importante para a nossa felicidade. Geralmente esta obra de arte está coberta por anos de medos, culpas, indecisões. Mas, se decidirmos tirar essas aparas, se não duvidarmos da nossa capacidade, somos capazes de levar adiante a missão que nos foi designada.
E esta é a única maneira de viver com honra."

A barata revela um olhar de pânico:

- Paulo Coelho????????????????

Clarice avança disparando, a barata recua apavorada, emitindo sons ultrasônicos, contorcendo as antenas, tentando proteger-se com as próprias asas.

- “Um dos mais poderosos exercícios de crescimento interior consiste em prestar atenção às coisas que fazemos automaticamente - como respirar, piscar os olhos ou reparar nas coisas à nossa volta. Sempre que fazemos isso permitimos que nosso cérebro trabalhe com mais liberdade - sem a interferência de nossos desejos. Dessa maneira, certos problemas, que pareciam insolúveis, terminam sendo resolvidos, certas dores, que julgávamos insuperáveis, terminam se dissipando sem esforço.”

A barata grita:

- Paulo Coelho não!!!!!!!!!!!!

A barata cai sobre a cidade, destruindo prédios, coberta de massa branca. Clarice a observa por um momento. Imóvel. Clarice limpa o suor do rosto, vira as costas e anda lentamente em direção ao futuro, ao seu místico futuro. Mas a barata meio ressuscitada abre um de seus olhos, vira-se em silêncio, levanta-se por trás da heroína alheia e começa a encher novamente o peito, engatilhando o derradeiro ataque. É quando Clarice vira-se rápida como um raio, como uma revelação sobre a existência, e dispara:

- Maktub!

E a barata cai morta.


segunda-feira, dezembro 22, 2003


domingo, dezembro 21, 2003

acordei cedo hj e resolvi navegar um pouco. e agora com essa febre de fotolog o pouco eh quase um vicio. mas, olha, vale a pena. olha soh o que uma menina escreveu no flog dela, embaixo de uma foto de um desses caras que fazem tatoo de henna na praia:

"Porque achamos ele um escândalo? Primeiro, porque ele não é “mauricinho” nem “bad boy da Zona Sul”. É homem que está na praia trabalhando!!!! Maravilhoso!!! Se ele for do subúrbio, então, melhor ainda! Se for da Vila da Penha, é perfeito!!!

Segundo, por causa do que vemos na foto! Ele é gato mas tem cara de mau e de safado. Tem corpo gostoso, com pelinhos e com tatoos. Tem pele queimada de sol. Além disso, ele tem cara de ser bem equipado, não tem?

Terceiro, porque ele tem cara de ser homem de verdade, daqueles que tratam a gente com educação, mas ao mesmo tempo são rudes e brutos quando precisam ser. Daqueles que não tem dinheiro pra levar a gente pra jantar no Gero, mas em compensação fazem sexo loucamente sempre que a gente quer (e também quando a gente diz que não quer mas, na verdade, quer)! Fazem sexo pelo tempo que a gente quer! E ainda dão uns tapas na gente! UFA!!!! "

ainda no mesmo testiculo:
"PS: uma conhecida minha, muito sábia e experiente, costuma dizer que “homem do subúrbio tem batata da perna grossa e pirú grosso” "

enquete dominical

o que sera que essas meninas tem na cabeca?







sexta-feira, dezembro 19, 2003

CORPETE DO DIA

inspirada pela gabi, tenho uma questão importante pra decidir com quem continuo convivendo em 2004.
respondam: quem já fez um strip e quais suas histórias mais interessantes envolvendo o assunto.

se eu gostar de alguma resposta a gente pode marcar uma coisinha em grupo.

abotoadamente,




O bebê de Rose e Mary.

Rose tava no Bardagrá tentando pegar uma bebida. Sábado a noite aquele lugar era um inferno. Calor sufocante, hormônios em alta, quando chegava o fim de semana o coração das meninas já amanhecia pegando fogo. Rose tentava desviar dos olhares penetrantes com os cotovelos em cima do balcão melado enquanto a única pessoa de quem queria atenção a ignorava: o barman.
Mary era o diabo. Com o boné virado para trás, ventisilvava pra escolher uma gatinha baby fofurinha. Com a aba pra frente e o rabo de cavalo saindo pelo buraco de ajustar o boné, ela partia para alguma cantada de primeira classe: oi, quer uma lambida? nem do meu sorvete? Ou: seu pai é pirata? Então por que ele tem um tesouro em casa?
Daí Mary viu Rose no bar e foi. Chegando lá, vendo que ninguém conseguia ser atendido mesmo, disse olhando no fundo dos seus olhos levemente estrábicos: olha, toma da minha schin, tá meio quente mas eu não tenho herpes, só quando pego muito sol.
Antes mesmo de irem embora, elas já estavam morando juntas. Decidiram fazer inseminação artificial. Durante a gravidez, Rose enjoava muito e vomitava verde. E por causa da imensa barriga não podia transar com Mary. Que, desesperada de tesão, girava a cabeça e levitava na cama.
O bebe nasceu com 666 e a cara da Janis Joplin tatuados no tornozelo. Era uma menina possuída pelo demônio que, quando cresceu, cobriu a janis com uma tribal, passou a usar plataforma de cortiça, calça branca justa bem baixa e top. Foi expulsa de casa no dia em que apareceu com uma sacola da Les Filos. Virou puta de catálogo.

miamente,


quinta-feira, dezembro 18, 2003

vejam bem.
é preciso presentear, mas isso também pode se tornar um problema.
o que dar? algo útil, fútil, eterno, perecível porém caro, simbólico ou divertido?

o que vcs vão dar para as suas e os seus, que não possa ser embrulhado em rolopack?

pensativamente,


quarta-feira, dezembro 17, 2003

estou derretendo.
preciso dormir.
quero esquecer a altura daquele salto e o pauzinho de canela daquela caipirinha.

será que fui muito afetiva?


e nao eh soh a jelly que tah ficando famosa nao. a dignissima me deu otima noticia hj de manha de que
o cha com bolachas saiu na beatz desse mes, como uma opcao de balada da cidade! nao eh tudo?

to ateh com orgulho.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Duty Free é degradê!

segunda-feira, dezembro 15, 2003

o cha com bolachas de natal foi memoravel. e a galeria de fotos nao poderia ser diferente. quase 100 fotinhos de presente para voce.

agora, soh ano que vem.

bjo

www.picturetrail.com/chadenatal




sexta-feira, dezembro 12, 2003

Ontem meu safari terminou, depois de ter quase capotado na estrada de terra, rumo as Pinguineras. Leiam bem, pinguiNEIRAs. MAs tudo correu bem, podem ficar tranquilas, nao sofri nenhum arranhao, apenas voltei de primeira classe pra Buenos Aires, tomando champagne, o que eh bastante normal!

Ai que triste, as ferias acabaram!

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Neste clima de retrospectiva de final de ano, lembrei do seguinte.

A Hemingway é madrinha do VAE, lembram?

Por isso todas nós devemos, com as mãos postas e paradas em cima da mesa, dar uma salva de palminhas para ela.

Hem, o nosso muito obrigada.

(P.S. tudo isso faz parte de uma campanha secreta para manipulação da opinião púb(l)ica, mas é de coração e limpinho assim mesmo.)

atenciosamente,

quarta-feira, dezembro 10, 2003

EU ACHO Q O TROFEU PILINGA DEVERIA TER FORMA DE ARRAIA!
E acho tb que a Blum que deveria receber, afinal, ela eh o dodoi das mulheres! Tem tres dias que tento mergulhar aqui e nao consigo! O porto vive fecahdo por causa dos ventos fortes.Ja gastei mucha plata com hospedagem! Amanha encontrarei com um milhao de pinguins e tirarei uma foto, rodeada de fans patagonicos! Ontem vi minhas irmas baleias, ate que enfim, me senti mais magra! Tem varias charlotes por aqui, hehehe! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA deus!
PS meninas, preparem se, meu espanhol ta oooootimo!

terça-feira, dezembro 09, 2003

A SAPA BORRACHEIRA PARTE 4

(sim, eu mudei o nome da história porque eu achei ainda mais legal e porque isso deixa ela mais parecida com a original, sempre com a cara suja.)

Cindy chegou na festa com seu Niva cor de abóbora, estacionou na frente do Genésio e andou até o Matrix. No caminho já atraiu atenções e levou cantadas, como a de um vendedor de cachorros-quentes que gentilmente lhe ofereceu uma salsicha. Deixou seu nome na porta, contando as moedas pra ver se tinha grana pra pagar a consumação. Tinha, ótimo, entrou rapidamente, timidamente, olhando para baixo, sentindo-se reparada por sua indumentária, afinal, nunca usava saia, e dirigiu-se decidida para o bar. Pediu uma cerveja: de garrafinha, por favor, fica mais feminino. Bebeu o primeiro gole e teve finalmente coragem de olhar ao redor.

Silêncio. Olhares. Disfarces. Percebeu vários interesses. A garota de calça larga e cuequinha aparecendo, sozinha, encostada na parede. A loirinha safada que beijava a namorada com os olhos abertos. O grupinho de moderninhas que ria muito e comentava sobre aquela nova presença. Sentiu-se mais confiante e foi dançar.

Aline tocava seu roquezinho demipop, demiretrô e todo mundo se divertia muito. Cindy só olhava e balançava levemente o ombro. Veio uma garçonete e lhe deu uma cerveja, oferecida por uma admiradora secreta. Aline acabou seu set e veio Barbie com seu electro-sexy-lesbian-chic. Cindy, mais alcoolizada já balançava o corpo todo e sorria para o ar. Depois entrou Cuelha tocando Groove Armada, Cindy pulava. Mais uma cerveja de outra admiradora, não a mesma, frisou a garçonete. Aí veio dj Baig tocando tudo o que via pela frente, terminando o set colocando um funk com a Veriginosa. Cindy rebolava. A essa altura ela já dançava com todo mundo que passava pela frente e não conseguia escolher com quem ficar, de tantas opções que tinha.

Foi então que começou a tocar aquela musiquinha do Moulin Rouge, voulez-vous coucher avec moi, etc. Dançou enlouquecidamente, com direito a abaixadinha até o chão. E foi neste momento, lá embaixo, com as pernas dobradas e abertas, que Cindy lembrou da Vaca Madrinha sentada na sua cadeirinha de fórmica. Foi como uma revelação: não importava quantas mulheres a queriam por sua beleza, era Roberta Miranda quem realmente se importava com ela, que cuidava dela.

Saiu correndo desesperada do Matrix, pra ver se ainda encontrava a Vaca. No caminho, um dos seus all starzinhos de cristal saiu do seu pé, voou pela rua Fidalga e caiu em cima de um carro, causando um enorme estrago que o seguro não cobriu. Pegou o Niva cor-de-abóbora e acelerou o mais que pode, mas no caminho deu 3 da manhã e ele voltou a ser uma porção de picadinho. Cindy então esperou um pouco, pegou uma linha noturna de ônibus e conseguiu chegar em casa de madrugada. Correu para a cozinha e a Vaca não estava mais lá. Houve uma nuvem de lágrimas sobre seus olhos.

Ficou seis meses deprimida mas depois aprendeu que a vida é assim mesmo.

Fim.

Charlotte Perrault.

A SAPA BORRALHEIRA PARTE 3

Cindy não sabia se ria, chorava, se pedia mais informações ou se já ia começando a enrolar o rolopack. Então, a vaca madrinha falou:

- Vou ajudá-la a encontrar o amor. Pra começar, esse seu modelo está errado. Você tem que se arrumar um pouquinho porque ninguém é obrigada a conviver com a falta de vaidade.

- Mas Vaca, eu não tenho dinheiro pra ir na Ellus Second Floor!

- Use a imaginação. Customize umas herings, pague em prestações, sei lá, só sei que assim não dá!

Então a Vaca foi até o armário de Cindy, pegou uma camisa e fez de saia, colocou uma regata na mina, passou uma cerinha vermelha nas bochechas pra realçar e disse, pronto! Agora vc já pode ir ao Chá.

- Mas Vaca, o Matrix fica na Vila Madalena e eu moro em Osasco, fica muito longe e não tem mais ônibus!

- Não se preocupe, eu cuido disso.

E, num passe de mágica, o picadinho de abóbora se transformou num Lada Niva cor de laranja.

- Vaca, obrigada, agora já posso ir e pedir alguém em casamento!!!

- Espere aí, Cindy, falta um detalhe: vc não pode ir de pés descalços.

Dito isso, a Vaca Madrinha tirou da manga dobrada bo blazer branco um lindo all star de cristal e depositou no pé 44 de Cindy, que, reluzente e esperançosa, rumou para o baile.

(continua)

Charlotte Perrault

A SAPA BORRALHEIRA PARTE 2

Logo que acendeu a boca média do fogãozinho, seu picadinho começou a borbulhar e fazer fumaça. Ela pegou a colher de pau (a única coisa de pau que tinha em casa, falando nisso) e começou a mexer seu ranguinho. Estranhamente, não adiantava. Quanto mais mexia, mais fumaça saía. Desligou o fogo mas, supresa, não adiantou! O picadinho parecia ferver espontaneamente! Cindy pegou um pano de prato e tentava espantar a fumaça que tomava conta de todo o ambiente! Até que, como num passe de mágica, a fumaça se dissipa e, no meio da cozinha estava quem? Quem?

Roberta Miranda de terno branco e com uma pena no cabelo (uma boa história tem que ter citações e inserir o Roberto Carlos aqui foi a única coisa que me ocorreu).

Surpresa, Cindy gagueja e pergunta: quem é vc? Como entrou aqui? O que quer???

Roberta Miranda dá uma puxada nas pernas da calça, senta na cadeira de fórmica amarela com as pernas abertas, se recosta e responde: eu sou sua vaca madrinha e estou aqui para realizar seus desejos sexuais.

(continua)

Charlotte Perrault

A SAPA BORRALHEIRA

Cindy era uma sapa jovem e cheia de esperanças que ia no Bardagrá e sempre catava alguma, mas que nunca conseguia fazer a coisa passar de uma noite de beijos dentro de um carro. Por isso ela tinha sérios problemas de auto-estima, pois sonhava em se casar e fazer inseminação artificial, mas se achava feia, sapatuda e acabava se escondendo por trás de um camisão jeans com calça bag e pochete.

Um dia, ia ter uma puta festa no Matrix, o último Chá com Bolachas do ano, e Cindy estava depositando neste evento toda sua ânsia de carinho. Era como se fosse sua última chance de encontrar amor verdadeiro e/ou correspondido.

Naquela tarde, ela estava encerando o chão da sua casa, de joelhos em cima de duas flanelinhas, quando viu um casal de baratinhas acasalando. Como num flash, sua vida solitária passou diante dos seus olhos e ela começou a chorar baixinho. Secou o suor do buço e resolveu comer qualquer coisa e ir dormir, pensando que era inútil sair, se ela não tinha encontrato sua princesa encantada até agora, porque esta noite seria diferente?

Foi até seu fogãozinho Dako e se pôs a esquentar um picadinho com abóbora que tinha sobrado da hora do almoço.

(continua)

Charlotte Perrault

segunda-feira, dezembro 08, 2003

pronto, baigda. jah satisfiz o seu desejo de ter o nome 2 vezes no texto do convite.

o que a gente nao faz por um mulher chorando, nao?




Você sempre quis as coisas que os meninos tinham.

Chegou a hora de você ganhar uma delas.


++ Chá com Bolachas de Natal ++
em
++ O presente que você sempre quis ++


Meninas, meninas, meninas e mais meninas para você desembrulhar quando chegar em casa.
O último Chá com Bolachas do ano
vai ser um pé na jaca inesquecível.
Quarta-feira, 10 de dezembro, 22h no Matrix

no som, um lineup insano:
barbie da silva (electrorock)
aline (80's)
stella obscura (electrotechno)
flávia cuelha + tati baigdá (house + technogroove)
tati baigdá e a vertiginosa (funk)


BOLACHA MURCHA NÃO ENTRA!

Beijos e até quarta
A Vertiginosa + Barbie da Silva
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:: ChÁ coM bOLAchAs :: em ++ O pReSeNtE qUe vOcÊ sEmPrE qUis ++
Onde: Matrix - R. Aspicuelta, 459 / Quando: Quarta - 26/11- 22h / Quanto: 5 ent. + 5 cons.
Uma iniciativa: A Vertiginosa + Barbie da Silva + Luiz Fernando
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www.fotolog.net/chacombolachas

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meninas, seguinte. nao tenho a mais puta ideia do que aconteceu com os outros comments, por isso aquelas grandes discussoes filosoficas que travamos no passado estao desaparecidas. pelo menos escondidas em algum lugar que nao sei onde.

por conta disso, coloquei novos comments aqui. facam bom uso para que eles nao fiquem assustados com o conteudo que carregam e se escondam de vergonha.

eh isso.

sexta-feira, dezembro 05, 2003

gente, eu estou um pouco preocupada.

estava aqui organizando os arquivos do vae.

compilando tudo o que a gente já escreveu em um ano de vida.

pensando numa maneira de organizar esse material.

e cheguei a uma conclusão.

O QUE NÓS TEMOS É PATOLÓGICO, CONTAGIOSO E PRECISA SER CONTROLADO URGENTEMENTE.

nunca vi 6 pessoas tão imbecis se conhecerem. sem contar os comments e, claro, a BIG SISTER e a Barbie da Silva, que são praticamente doenças coadjuvantes.

cronologicamente, nós passamos meses falando de bebedeiras, depois meses falando de sexo, depois meses fazendo teorias lesbiológicas e perdemos um pouco de tempo criticando as nossas fãs (a pedido delas, claro).

leitoras, por favor, ajudem.

onde vcs acham que a gente vai parar com isso?

indagativamente,


olhem soh essa chamada que tah na pagina do uol hj

"Fim de semana tem Rodrigo Santoro, Clint Eastwood e Patolino nas telas! "

sera que essa final de semana cinematografico promete?




quinta-feira, dezembro 04, 2003

BIOGRAFIA AUTOEROTIZADA

Eu tinha um namorado que dizia que quando estávamos longe, ele ficava pensando em situações excitantes comigo. Como assim, por exemplo, eu perguntava. E ele relatava: ah, ontem era uma em que vc estava se afogando e eu me jogava no mar para te salvar e nós transávamos em alto mar.

Eu achava pensar nele pensando muito mais interessante do que a situação em si, mas meus pais não me deixavam dormir fora de casa.

ineditamente,



BIOGRAFIA AUTOEROTIZADA

Quando tinha 9 anos descobri uma coleção de Ele & Ela no fundo do fundo do armário do fundo da sala de casa. Não sentia nem uma cosquinha ao folhear aquelas ginecológicas páginas, mas bem no final da revista, em papel de baixa qualidade, com erros de revisão e péssima literatura, lá estava ele, o Forum Ele & Ela. Lá estavam impressas, semana após semana, as fantasias mais picantes dos leitores da revista (se é que o cara que compra uma publicação dessas pode ser chamado de leitor). Eram histórias das mais comuns, como a transa no elevador com a vizinha gostosa, até as mais bizarras dentro do limite da "normalidade". Nunca vou me esquecer da história de um homem que, encerando o carro e vendo-se refletido na superfície brilhante do veículo, ficou louco de tesão por si mesmo e se fez feliz com as próprias mãos na calçada mesmo, em frente de casa, derramando a semente ao chão. Eu lia tudo isso e sentia um aperto estranho que eu não sabia o que era.

(Obrigada pelo momento de compreensão pelo meu desabafo, eu não sou muito de contar esse tipo de intimidade mas vcs me deixam tão à vontade, acho que é uma relação de confiança.)

impublicavelmente,


quarta-feira, dezembro 03, 2003

MINHA PILINGA AINDA NAO CONGELOU!!!!!!!!!!!!!!
Vange, valeu pela reportagem hehehe, minha pilinga ta famosa!

Nao tenho palavras pra descrever o que tenho visto nos ultimos dias! Ja cruzei a fronteira do Chile com a Argentina e agora me encontro em Calafate, Perito Moreno! Ja senti a diferenca de tratamento, mas isso tudo eh um sonho, as geleiras azuis, imensas, do tamanho de Buenos Aires! Milhares de estrangeiros, nenhum brasileiro, engracado! Dois americanos, como disse minha mae, nao eles nao gostam desse tipo de turismo, a nao ser que tenha uma esteira rolante pra leva los ate os glaciais, numa especie de Disney! Nao consigo nem fazer gracinhas, tamanho meu encanto! Ja tirei 120 fotos, vou postar todas... Brincadeira! As criancas aqui tem educacao montessoriana, ou summerhill, sei la como escreve. Elas ficam soltas, pulando no gelo, andando na rua, vivendo as experiencias... Tematicas, ja vi algumas. Francesas! Nenhuma binoche! Amanha vou pro fim do mundo! Ushuaia! Espero nao congelar! Tive sorte, todos os dias com sol! No mais eh isso, quando encontrar com um pinguim, darei um toque! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA deus!

O NATAL DO FAROL

Vai ter frango assado e tender, porque elas não gostam de peru. Bebem prosecco de Bento Gonçalves. As garrafas ficam dentro daqueles isopores da Skol pra não esquentar. Muitas fantasiam-se de Papai Noel, uma bela oportunidade de usar barba. O amigo secreto aqui é chamado de ex-namorada secreta. Aliás, a troca de presentes é das mais animadas, quando dizem coisas como "ano passado eu tirei a Jaque e hoje ela está com você!" E riem alto, bem alto, sacudindo as pochetes. Elas são muito felizes.

geladinhamente,


jah que esse assunto esta tao em questao, o que vc faria para a pilinga da jelly nao congelar?

quero respostas criativas.


eu queria mesmo ganhar do papai noel um trampolim de conta bancaria, pra jogar meu saldo de volta pro azul toda vez que ele entrar no vermelho.
isso eu queria :-(

terça-feira, dezembro 02, 2003

O NATAL DA FEMINISTA

Por que a Mamãe Noel sempre fica em casa cuidando daquele monte de anões que não lavam nem a própria cueca, controla a produção de presentes, confere as listas, lê todas as cartas, cuida da casa, passa a roupa vermelha daquele chauvinista gordo, cerze o saco porque o seu maridinho não é capaz de pegar numa agulha, e quem leva o crédito de tudo é só o bom velhinho que faz as entregas?

E mais: vc já viu o sexo da ave da ceia pra chamar de peru ou vc ainda é do tempo em que se generalizava pelo sexo masculino?

Pense a respeito.

friedanmente,


quem vc queria que se vestisse de papai noel para entregar o seu presentinho?


o que vc pediu para o papai noel, este ano?


segunda-feira, dezembro 01, 2003

O PLANTAO DO VAE INFORMA

Nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro tem a noite
especial do Chá com Bolachas no Cio 80's lá no D-edge.

Vai ser incrível. E melhor ainda, como todos nós somos
supervips nesta noite, a Gláucia ++ fez um esquema
especial para as freqüentadoras e freqüentadores do Chá:

- Enviando seu nome completo e de seu acompanhante
(para chacombolachas@uol.com.br)
até as 18 horas de terça-feira, 02.12,
todo mundo entra na lista
e paga a incrível e mínima quantia de

apenas $5 de entrada.

Se joga. A noite começa às 23.59h de quarta-feira e, como a Barbie da Silva
vai ser a primeira a tocar, seria bom que você chegasse cedo.

Beijos e até quarta
A Vertiginosa + Barbie da Silva

BOLACHA MURCHA NÃO ENTRA!

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:: ChÁ coM bOLAchAs :: ++ iNvAdE o CiO ++
Onde: D-Edge - Alameda Olga, 170 / Quando: Quarta - 03/12- 23.59h /
Quanto: com nome na lista, apenas 5 ent.
Produção: A Vertiginosa + Barbie da Silva + Luiz Fernando
___________________________________________________________________

www.fotolog.net/chacombolachas

foguete do dia:

de que parte vcs mais gostam no ano novo:

a. da calcinha amarela.
b. da "virada", se é que vcs me entendem...
c. das bolinhas do champagne fazendo cócegas no nariz.
d. do lombo.
e. da roupa branca depois de pular as ondinhas, toda transparente.
f. outras. quais?

regressivamente,


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