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domingo, novembro 27, 2005

THE LIGHTHOUSE DIET

Você não vai ao Ritz pq fica presa na porta giratória?
Só cabe em utilitários com cabine estendida?
Precisa de um extensor de trim pra cortar as unhas do pé?
A pochete simplesmente não fecha atrás do camisão?

Não se preocupe amiga, Dove, o sabonete que lava até debaixo das unhas já lançou a campanha da Real Beleza. Mas se mesmo assim você ainda quer perder uns quilinhos, entre em forma com a Lighthouse Diet.

Testadas por diversos famosos como Charlize Theron depois de Monster e Roro depois da Zizi, a Lighthouse Diet caracteriza-se por permitir carboidratos, frituras, doces e todo o tipo de gostosura, mudando apenas a trilha sonora.

Aqui, a música certa (ou melhor, errada) é o verdadeiro moderador de apetite.
Ao comer profiteroles, substitua as Carolinas por Ana Carolina. Você vai ver, cada colherada vai arranhar a sua garganta. Sorvetes? Prefira o de lima. Marina Lima. Ninguém consegue engolir. Massa com Molho e Nila Branco. É de embrulhar o estômago.

E o melhor: encomendando agora o seu livro The Lighthouse Diet, da Dra. Katherine Moennig, PhD lang em nutrição e boas comidas, você ainda ganha de brinde um prato raso com a foto da sua namorada impressa. E não é só: por apenas 69 você pode adquirir a incrível coletânea “Nada Ficou no Lugar”, com os maiores sucessos da depressão, neurose, perda e flacidez!

Não desanime. Aproveite! Faça a Lighthouse Diet que o seu corpinho ainda dá um caldo. Nem que seja de feijão.

apetitosamente,

quinta-feira, novembro 24, 2005

Agradeço e aproveito pra divvulgar a coluna da Vange, que eh sempre bem legal.

http://mixbrasil.uol.com.br/cio2000/grrrls/humor_les/humor_les.asp

quinta-feira, novembro 17, 2005

No set com

AVA GINA FONDA

Lésbica crítica, inclusive de televisão.


Todos os dias eu fico um pouco mais orfã. Vocês também, leitoras, eu sei que vocês só continuam voltando aqui porque compartilham desse meu sentimento. Obviamente todas prefeririam compartilhar do que eu sinto quando minha subordinada felaciosa Anne Carole de la Gorge pratica seus adjetivos comigo, mas já que a gente não pode, ficamos num nível um pouco mais intelectual mesmo.

Hoje eu quero falar das minhas comidas. As do almoço bem entendido – vocês sabem que nas da ceia eu prefiro me mexer menos.

Pois bem, sempre que posso vou almoçar em casa, relaxar no meio do dia, ver um pouco da mundana televisão.

E sempre podia dar dois sorrisos e meio vendo Mad About You num desses canais de série. Era relaxante. Era neurótico. Era psicossapo. Era um seriado lésbico preso num corpo hétero. Eu me sentia mais incluída. Me sentia amada. Me sentia normal. Me abria o apetite para comer a salsicha, a empanada, a rosquinha e as ostras com ricota que Anne Carole me servia.

Mas esta semana, ao chegar em casa, liguei a TV e estava passando o que? E.R.! “Yiiih ahr”!!!Gente, que mau gosto! Será que ninguém pensou na adequação do conteúdo da série ao horário? Por que é que eu tenho que ficar vendo isso enquanto eu como? Aquela lésbica médica, de botinha ortopédica, com os cabelos desgrenhados e mal-cuidada, dedicada ao trabalho e sem vida pessoal? Corta!

“Anne Carole”, disse eu, “perdi o apetite, hoje só você é que vai comer”.
“Grande novidade”, disse ela. Só por causa disso desparafusei o pé do sofá e acertei todos os seus pontos com nomes de letras, ela lacrimejou, ganiu, desmaiou, um horror. Depois disse que me amava.

Bom, pra não dizer que não falei de flores, gatas e prinças, começou uma série nova chamada “Out of Practice” que tem uma lésbica verdadeira. Médica também, mas com uma auto-estima mais saudável. Divertido, engraçado e com momentos dramáticos, como a bota de bico fino. Mas merece o nosso sincero aplauso.

Cotação:
Uma vomitada pro ER
Umas dedadas gostosas no Out of Practice

E LEMBREM-SE GAROTAS: SE A ATRIZ PRINCIPAL NÃO ESTÁ CONSEGUINDO FAZER VOCÊ CHEGAR LÁ, USE COADJUVANTES.

sábado, novembro 12, 2005

No fundo do poço com

AVA GINA FONDA

Lésbica crítica, inclusive de música.

"Por favor, cortem meus pulsos, meu clitóris, desliguem os aparelhos, me deixem morrer, o mundo acabou, não há mais sentindo em continuar respirando, ouvindo, pensando, nada mais me fará voltar a sorrir, nem mesmo minha coadjuvante lúbrica Anne Carole de la Gorge.

Vamos falar da novela Belíssima. Caguei pra novela, não vou ver, não gosto e não vou nem criticar, porque depois de América nada mais faz sentido.

O problema é que estava eu atualizando meu iPod quando ouvi, vindo da televisão, um som perturbador. Umas notas familiares. Uma música conhecida. E quando entrou a letra e eu reconheci a canção, meu coração gelou.

Acreditem: era uma versão de The Blowers Daughter, gracinha de composição de Damien Rice, que embalou nossos sonhos em Closer e The L Word. Até aí tudo bem.

O problema é que era uma versão brasileira da música feita PELA ZÉLIA DUNCAN E CANTADA PELA SIMONE!!!!! E DIZEM QUE A ANA CAROLINA TAMBÉM FEZ UMA VERSAO DE PRÓPRIA LAVRA!!!!! QUERO MORRER DE CATAPORA!!!!!!!!!

Deve ser um plano da Globo pra exterminar as lésbicas de vergonha. Deve ser a versão nacional da bomba atômica. Deve ser o segundo volume da obra aberta 'O triunfo da ignorância".

Como dizia Paulo Francis, estou clinicamente morta. "

desgostosamente,

quinta-feira, novembro 10, 2005

Chegou

LEXBOX

O videogame que não tem joystick.

A gente sabe o quanto você, mulher que escolhe, é competitiva. A gente sabe o quanto dói ser pior que os homens em alguma coisa. É por isso que estamos lançando o LexBox, o videogame feito pra você, com jogos especialmente desenhados para você demonstrar suas mais intrínsecas habilidades e vencer. Chame seus amigos homens para uma partidinha, vença-os, humilhe-os e melhore sua auto-estima.

Console (veja bem, eu disse console, não consolo, isso é para outro tipo de jogo) em forma de peito, muito mais agradável visualmente.

Acessórios: sim, a gente sabe que você adora acessórios. Por isso o LexBox tem vários. Confira:

1. Jogabilidade ampliada com a substituição dos controles analógicos (você sabe o quanto dói um controle analógico, mas é gostoso) por pequenos botões amendoados, um formato com o qual seus dedos estão mais familiarizados.
2. Controles que vibram nos momentos mais emocionantes. Ultra-resistente, você pode até sentar em cima que não quebra.
3. Vem com cinto adaptável, transformando seu LexBox num videogame portátil ou numa linda pochete.
4. Modem de 69kbps para você jogar online com a sua namorada.
5. 2 entradas para controles, para você jogar com a sua namorada, que provavelmente mora com você e não pode ficar separada nem um segundo. Com 2 controles conectados simultaneamente, as duas pode controlar juntinhas a Lara Croft, uma mexe as pernas, a outra mexe os braços. As duas suspiram quando ela faz esforço físico e geme.

Jogos: são diversas opções para você reunir as amigas e ex-namoradas e passar uma longa tarde de diversão, breja de ampola e filé aperitivo. Veja alguns títulos recém-lançados:

1. Bifa 2006: o primeiro jogo de futebol feminino do mundo. Gráficos perfeitos, movimentação baseada em jogadas verdadeiras: não há dribles, as jogadoras tentam se atravessar, a bola espirra , todas correm em grandes grupos desordenados e sempre sai briga de bifa, metendo alguma ex-namorada no meio. Destaque para a presença de Formiga e Maicon Jackson.

2. The Sims. Você constrói uma cidade só com personagens femininos. Crie-as, dê nomes, vista, construa suas casas, forme pares, controle suas vidas. A particularidade é que nenhuma das personagens sabe dizer não. Tudo se complica quando as namoradas oficiais começam a suspeitar de telefonemas furtivos e fios de cabelo estranhos no travesseiro. Cuidado: uma crise de ciúme mal-administrada pode culminar numa grande guerra mundial, onde hordas de habitantes agarram-se pelos cabelos e atingem-se letalmente com pochetes voadoras. Armas: trins afiadíssimos, gel com álcool, faquinhas de mergulho. Fantásticas lutas de espada/cinto.

3. Need for Speed and Affection. Pajeros, Defenders, EcoSports e Cherokees reluzentes perseguem-se pelas ruas da cidade em altíssima velocidade. A idéia é alcançar as competidoras e obrigá-las a dizer que te ama. Gráficos impressionantes, paisagens belíssimas, incluindo uma fase na Ilha de Lesbos. Dica: se você interagir com os comandos do rádio do carro, pode desfrutar da excelente trilha sonora com clássicos de Roberta M., Marina L., Zélia D. Utilize as canções de Ana C. no último volume para emitir vibrações ultrassônicas que desregulam o carburador dos veículos adversários.

4. Resident Evil. Ser surpreendida por zumbis, cães e outros seres nos agredindo é muito chato. Na versão LexBox deste clássico game de terror, tiramos todos os inimigos e deixamos apenas a nossa heroína passeando pela tela, linda e gostosa. Com novos movimentos, ela agacha, faz espacato, levanta a blusa, põe as mãos nos bolsos, caminha com os pés dez pras duas e senta com as pernas abertas. Dica: pressione repetida e rapidamente o botão de controle que ela goza.

LexBox é isso. É diversão. É competição. É auto-estima. É muita vibração. E você adora uma vibração que a gente sabe. Compre já o seu e ganhe o mais novo lançamento da Lara Croft: Tomb Raider Naked, The Kingdon of Siririca, onde nossa heroína anda pelas ruas de Los Angeles, pára para tomar café no The Planet e dá pra Shane no banheiro.

Divirta-se!

terça-feira, novembro 08, 2005

No set com

AVA GINA FONDA

Lésbica crítica, inclusive de cinema.

Nesse fim de semana, depois de horas na frente do Playstation, em lembrei que chinesas morrem semanalmente de tanto jogar videogame e resolvi ir ao cinema.

Fui ver o filme do avião. É, aquele, da Jodie Foster. O nome do filme? Ora, por favor, não tenho a menor idéia do nome do filme. E desde quando isso tem importância?

O filme já começa bem com a Jodie Foster não mais casada, isto é, viúva. O marido escorregou, caiu, bateu a cabeça e, ô dó, morreu. Aliás, a primeira cena é tudo, Jodie sentada numa estação de metrô em Berlim, a placa Alexanderplatz atrás, ela chorando, de preto e viúva, corta! Neste momento olhei pra minha gueixa sodomita Anne Carole de la Gorge e disse: Anne Carole, esse filme é erótico, aqueça as falangetas.

Daí a moça pega uma avião pra NYC com a filha que sobrou do casamento e vai.

O resto da história? Ora, de novo, não me faça perguntas estúpidas. Era um thirller da Jodie Foster, hello, who cares? Por mim podia até tirar o áudio, as legendas e todo o resto das pessoas do cinema, exceto a garota pequena e ruiva da terceira fila que estava lá sozinha assistindo àquele filme por alguma razão, e eu e Anne Carole faríamos um bom combinado com ela. Gostaria de comer sushi no seu corpo e guardar a bolinha de wasabi no seu umbigo, aiai, a vida é um grande cardápio, não é mesmo?

Voltando à Jodie Foster, querida, nem te conto. Logo nas primeiras cenas do filme descobrimos que a profissão da personagem principal é, nada mais, nada menos que...

ENGENHEIRA DE TURBINAS DE AVIÃO!!!

Amigas, vocês não imaginam o que eu senti por dentro quando ela pronunciou, com aquela voz de sapatão que lhe é peculiar, que era engenheira de turbinas de avião. Quando recuperei o fôlego sussurrei pra Anne Carole, “esqueça as falangetas, meu bem, aqueça o braço inteiro! Melhor: aqueça os dois, quero que você me bata muito enquanto me come!”.

A partir daí, tudo funciona lindamente. Jodie com sua roupa básica preta e sapatinhos de salto grosso (ok, é um pouco brochante vê-la usando um sapato igual ao da Scully), mas voltando ao assunto, com menos de meia hora de filme ela começa a fazer cara de tensa. Aquelas mandíbulas são de enlouquecer qualquer um. E entra num turbilhão de emoções onde ela corre, se esconde, luta, sofre, chora e nunca desiste, culminando com o momento onde ela tira o pull over e por baixo está usando apenas uma sweat shirt cinza meio desfiada de ginástica (releitura flashdance) já suada e mostrando seus músculos enquanto se enfia pelos recantos do avião pra lutar contra os terrorístas, ai! Gente, desde o Império dos Sentidos não se via um filme tão estimulante.

Termina com uma linda metáfora de amor lésbica e esperança com Jodie levando nos braços sua filha. Isso significa que, como na vida real da própria atriz, não é por falta de figura paterna que não podemos criar pequenos seres com os nossos olhos, nosso nariz, nossa inaptidão social. Nós, mulheres que escolhem, podemos sim gerar. A vida reside num tubinho. E este tubinho não é necessariamente a uretra.

Cotação do filme:
0 dedadas pro roteiro, que roteiro?
uma longa lambida pra atriz principal, nossa senhora de jodie foster.

E LEMBREM-SE GAROTAS: SE A ATRIZ PRINCIPAL NÃO ESTÁ CONSEGUINDO FAZER VOCÊ CHEGAR LÁ, USE COADJUVANTES.

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