segunda-feira, janeiro 30, 2006
Rainbow trademark!
Um dia desses fui almoçar num lugar que tinha aquelas propagandinhas de cartão-postal que tentam pegar a gente pela imagem. POis eh, uma imagem me pegou: era de duas mulheres de vestido, close na perninha enroscada e a mão safada na coxa. Óbvio q eu escolhi esse pra ler, curiosamente, na fila do banheiro. Nao eh que no verso do cartaozinho-postal continha uma propaganda de um bureau de cambio que se auto-intitulava GayFriendly. Existe alguma pegação na fila dos caixas? Em 23 segundos de conversa com o caixa, um gay precisa indicar sua condicao sexual pra realizar a troca, a ponto de precisarmos ter um serviço como esse? Se for assim, podemos criar cabines de pedágio gay friendly, vendedores de cofre gayfriendly, correios gayfriendly, consertos de relógio gayfriendly, shampoos para gays, enfim, tudo que desse pra anunciar junto com uma foto de duas gostosas se beijando. Ser gayfriendly é hype e dah dinheiro. Ja eh alguma coisa?
Um dia desses fui almoçar num lugar que tinha aquelas propagandinhas de cartão-postal que tentam pegar a gente pela imagem. POis eh, uma imagem me pegou: era de duas mulheres de vestido, close na perninha enroscada e a mão safada na coxa. Óbvio q eu escolhi esse pra ler, curiosamente, na fila do banheiro. Nao eh que no verso do cartaozinho-postal continha uma propaganda de um bureau de cambio que se auto-intitulava GayFriendly. Existe alguma pegação na fila dos caixas? Em 23 segundos de conversa com o caixa, um gay precisa indicar sua condicao sexual pra realizar a troca, a ponto de precisarmos ter um serviço como esse? Se for assim, podemos criar cabines de pedágio gay friendly, vendedores de cofre gayfriendly, correios gayfriendly, consertos de relógio gayfriendly, shampoos para gays, enfim, tudo que desse pra anunciar junto com uma foto de duas gostosas se beijando. Ser gayfriendly é hype e dah dinheiro. Ja eh alguma coisa?
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Hello, kitties
I've just arrived after 3 days trying to get home.
A quite violent snowstorm in Tokyo closed Narita Airport, delayed my flight for more than 30 hours and made me sleep on the floor of the boarding gate and learn how to live inside a terminal.
I'm exhausted.
But I told my new japanese friends I was going to leave them a message here.
Though I promise to write a real post for you tomorrow, I'll write a small note about somethings I've learned in Japan.
I've learned how important is to feel good. And how little things like a patch that helps you to keep warm can make your day happier.
I've learned how japanese people are friendly, funny, cosy, clever and beautiful. And they really love to laugh.
I've learned how to eat soba with hashi and making noises. And what's more important: it's absolutely delicious and excellent to hang-over.
I've learned to like green tea.
I've learned how to speak with more than words.
I've learned the way to Kinswomyn, the best woman only bar in Japan!
And finally, I've learnd a very profound, important phrase that says it all in japanese:
MANKO NA ME TE!
Thank you Yuri, Kyio, Tomo, Wendy, Ashita an all the japanese dolls I met.
You are the best.
Now, brazilian girls, say hello to our new friends!
kisses
Carmela
I've just arrived after 3 days trying to get home.
A quite violent snowstorm in Tokyo closed Narita Airport, delayed my flight for more than 30 hours and made me sleep on the floor of the boarding gate and learn how to live inside a terminal.
I'm exhausted.
But I told my new japanese friends I was going to leave them a message here.
Though I promise to write a real post for you tomorrow, I'll write a small note about somethings I've learned in Japan.
I've learned how important is to feel good. And how little things like a patch that helps you to keep warm can make your day happier.
I've learned how japanese people are friendly, funny, cosy, clever and beautiful. And they really love to laugh.
I've learned how to eat soba with hashi and making noises. And what's more important: it's absolutely delicious and excellent to hang-over.
I've learned to like green tea.
I've learned how to speak with more than words.
I've learned the way to Kinswomyn, the best woman only bar in Japan!
And finally, I've learnd a very profound, important phrase that says it all in japanese:
MANKO NA ME TE!
Thank you Yuri, Kyio, Tomo, Wendy, Ashita an all the japanese dolls I met.
You are the best.
Now, brazilian girls, say hello to our new friends!
kisses
Carmela
segunda-feira, janeiro 16, 2006
MEMORIAS DE UMA GUEIXA QUE ESCOLHE
Parte 3
A lingua
Essa eh rapidinha.
Conersando com Ashita, ela me diz que sua namorada fala espanhol e ensinou uma frase para ela nesta lingua.
"Qual eh", perguntei inocentemente.
"Chupa mi cono", diz ela como quem fala "me passa o biru".
Quem inventou que japoneses eram um pouco reprimidos???
Parte 3
A lingua
Essa eh rapidinha.
Conersando com Ashita, ela me diz que sua namorada fala espanhol e ensinou uma frase para ela nesta lingua.
"Qual eh", perguntei inocentemente.
"Chupa mi cono", diz ela como quem fala "me passa o biru".
Quem inventou que japoneses eram um pouco reprimidos???
sexta-feira, janeiro 13, 2006
MEMORIAS DE UMA GUEIXA QUE ESCOLHE
Parte 2
Sushi de Aniversario
Continuando a saga, ontem era sexta-feira 13 e nada de errado podia acontecer. Entao eu voltei ao Kinswomyn conforme combinado com Tomo.
Logo que eu cheguei, umas dez e meia da noite, ela me falou: OOOOOHHHHH, nakshtori tumimori akasaka meiji dori, ne? OOOOHHHHHHHHH!
E para suas amigas que ja estavam no bar: fujimori yashimeji brasiria carmero voreibor tim jaquerine OOOOOOOHHHHHHHHHH! E as amigas responderam: OOOOHHHHHHHHH!
Eu, da minha parte, so disse "biru, cudassai", que significa "cerveja, por favor", e foi nessa noite que fiquei fluente em pedir cerveja em japones.
Primeiro fiquei conversando com Ashita e sua namorada americana Wendy, que veio ao japao de ferias, se apaixonou por Ashita e ficou, trabalhando como garconete do Kinswomyn.
Depois conversei com Yuri, namorada da outra garconete que nao lembro o nome. Yuri eh atendimento da BBDO no japao. Muito fofa, doce e bonitinha.
Tambem conheci Mari, No e uma outra que nao lembro o nome, mas que me deu um autografo num flyer que divulga um show que ela faz numa boate. Acho que de drag king, mas pode ser de outra coisa. Biru, cudassai,
La pekas tantas Ashita me perguntou quantos anos eu tinha. Eu respondi que, na verdade, no dia seguinte iria fazer 34. E ela disse OOOOOOOOOHHHHHHHHHH. Ela tambem disse que tenho nariz grande, mas acho que pra ela isso era uma coisa boa.
Ai eu tava la tranquila com meu Biru, tentando me comunicar com as pessoas, having a good time, quando deu meia noite. As japonesas comecaram a soltar uns estalinhos, gritar, cantar parabens a voce em japones, abriram um champagne, serviram pra todo mundo no bar e fizeram um brinde em minha homenagem. Fiquei totalmente passada e emocionada. Aquilo virou uma festa, porque os japoneses bebem com perfeicao e aquela altura ja estava todo mundo alto. Aih, Tomo veio me dizer que a antiga dona do bar, Tara, que ja morreu, mas que era um idolo da cena lesbica, admirada por todos e venerada em toda a comunidade, fazia aniversario no mesmo dia que eu, e que tinha sido o destino que me levou ate la nesta data tao importante. Nesta hora todas no bar fizeram OOOOOOOOOHHHHHHHHHH e se curvaram em reverencia, e eu comecei a pensar que elas tavam me tirando de pequeno buda, tipo a reencarnacao do Lama Lesbico do Ni-chome. Mas lama, querida, tava apenas comecando. Biru, cudassai.
Sai de la umas 3 horas bem tonta. Na rua, Yuri me convidou pra ir com ela num bar ali perto, bem tradicional, mas que era legal. Eu pensei, vamos la, afinal eu to de ferias.
Andamos um pouco, entramos num edificio obscuro, subimos por uma escadinha estreita e escura e chegamos na porta do Yam, o tal do bar. Yuri abriu a porta, falou umas coisas em japones e me chamou pra entrar. Fiquei um pouco preocupada porque alguns lugares aqui nao aceitam estrangeiros. Mas Yuri falou que tudo bem e eu entrei.
Era um bar de uns 10 metros quadrados ou menos com umas 12 pessoas sentadas num balcaozinho bebendo e cantando. Era um karaoke lesbico. Biru cudassai, eu ficava esperando sair de algum lugar a Sophia Coppola com a Josiane Balasko e a Ellen Degeneres.
Neste tipo de bar, mais tradicional, junto com a bebida vem um pratinho de comida praticamente inidentificavel. Mas `aquela altura, tanto fazia panqueca de feijao como misto quente, entao eu tomei coragem, cerveja e comi. Tava ate gostoso. As pessoas do bar riam do meu jeito de lidar com os hashis.
Mais uns instantes e ouco outro estalo de rolha, abriram outro campanhe pra comemorar de novo meu aniversario. Eu praticamente nao conseguia mais beber nem fumar nem comer e ja estava praticamente falando japones mas nao podia recusar. Foi o champanhe mais horrivel que ja tomei, doce e com sabor de alguma fruta. Mas eu tive que beber uma taca inteira.
Yuri ja enrolava a lingua e ainda bebeu mais champagne e varios copos de uma bebida que mistura cha verde e saque. De cada 100 palavras que ela dizia em ingles (?), eu entendia umas 3, montava na minha cabeca uma historinha com essas 3 palavras e respondia. Mesmo assim, conseguimos estabelecer uma conversa seria.
Antes de continuar, uma breve descricao de Yuri: 27 anos aparentando 21, pequena, delicada, bonita, muito bem vestida, o tipo de garota que vc jamais diz que eh lesbica.
Voltando ao assunto, Yuri comecou a falar sobre a dificuldade de ser lesbica no japao, onde ate os 30 anos vc tem que casar e largar o emprego. Sobre nao conseguir contar pros pais. Disse tambem que amava a namorada, mas nao tinha certeza se a namorada estava satisfeita com ela. E disse que tinha um problema:
- Eu tenho maos muito pequenas.
Eu mostrei minhas patinhas pra ela e disse que tambem tinha. Ela disse:
- OOOOOOOOOHHHHHHHHHH, eh mesmo, sao tao pequenas, posso te perguntar uma coisa? Voce nao tem problemas no sexo?
Eu respondi que nao. Ela disse que se sentia insegura porque era ativa e ja estava usando 4 dedos na namorada mas ainda nao sabia se estava satisfazendo a garota. Eu pensei: ok, estou novamente tendo uma alucinacao.
Nao vou entrar em mais detalhes pra nao desvelar a intimidade de Yuri pra vcs, mas o fato eh que ela me perguntou absolutamente tudo sobre sexo entre mulheres brasileiras, e eu nao tive coragem de perguntar se o sushi era de assim ou de assim.
Acabamos a noite cantando todas juntas no karaoke. Elas escolheram uma musica da madonna, pra que eu pudesse cantar junto. Mas pra mim japones e o ingles delas eh a mesma coisa.
Fui embora as 5 horas da manha levando flores que ganhei de presente e hoje estou com a maior ressaca dos ultimos dez anos. Os japoneses sao as pessoas mais divertidas do mundo.
Amanha eu volto com mais memorias de uma gueixa que escolhe.
Parte 2
Sushi de Aniversario
Continuando a saga, ontem era sexta-feira 13 e nada de errado podia acontecer. Entao eu voltei ao Kinswomyn conforme combinado com Tomo.
Logo que eu cheguei, umas dez e meia da noite, ela me falou: OOOOOHHHHH, nakshtori tumimori akasaka meiji dori, ne? OOOOHHHHHHHHH!
E para suas amigas que ja estavam no bar: fujimori yashimeji brasiria carmero voreibor tim jaquerine OOOOOOOHHHHHHHHHH! E as amigas responderam: OOOOHHHHHHHHH!
Eu, da minha parte, so disse "biru, cudassai", que significa "cerveja, por favor", e foi nessa noite que fiquei fluente em pedir cerveja em japones.
Primeiro fiquei conversando com Ashita e sua namorada americana Wendy, que veio ao japao de ferias, se apaixonou por Ashita e ficou, trabalhando como garconete do Kinswomyn.
Depois conversei com Yuri, namorada da outra garconete que nao lembro o nome. Yuri eh atendimento da BBDO no japao. Muito fofa, doce e bonitinha.
Tambem conheci Mari, No e uma outra que nao lembro o nome, mas que me deu um autografo num flyer que divulga um show que ela faz numa boate. Acho que de drag king, mas pode ser de outra coisa. Biru, cudassai,
La pekas tantas Ashita me perguntou quantos anos eu tinha. Eu respondi que, na verdade, no dia seguinte iria fazer 34. E ela disse OOOOOOOOOHHHHHHHHHH. Ela tambem disse que tenho nariz grande, mas acho que pra ela isso era uma coisa boa.
Ai eu tava la tranquila com meu Biru, tentando me comunicar com as pessoas, having a good time, quando deu meia noite. As japonesas comecaram a soltar uns estalinhos, gritar, cantar parabens a voce em japones, abriram um champagne, serviram pra todo mundo no bar e fizeram um brinde em minha homenagem. Fiquei totalmente passada e emocionada. Aquilo virou uma festa, porque os japoneses bebem com perfeicao e aquela altura ja estava todo mundo alto. Aih, Tomo veio me dizer que a antiga dona do bar, Tara, que ja morreu, mas que era um idolo da cena lesbica, admirada por todos e venerada em toda a comunidade, fazia aniversario no mesmo dia que eu, e que tinha sido o destino que me levou ate la nesta data tao importante. Nesta hora todas no bar fizeram OOOOOOOOOHHHHHHHHHH e se curvaram em reverencia, e eu comecei a pensar que elas tavam me tirando de pequeno buda, tipo a reencarnacao do Lama Lesbico do Ni-chome. Mas lama, querida, tava apenas comecando. Biru, cudassai.
Sai de la umas 3 horas bem tonta. Na rua, Yuri me convidou pra ir com ela num bar ali perto, bem tradicional, mas que era legal. Eu pensei, vamos la, afinal eu to de ferias.
Andamos um pouco, entramos num edificio obscuro, subimos por uma escadinha estreita e escura e chegamos na porta do Yam, o tal do bar. Yuri abriu a porta, falou umas coisas em japones e me chamou pra entrar. Fiquei um pouco preocupada porque alguns lugares aqui nao aceitam estrangeiros. Mas Yuri falou que tudo bem e eu entrei.
Era um bar de uns 10 metros quadrados ou menos com umas 12 pessoas sentadas num balcaozinho bebendo e cantando. Era um karaoke lesbico. Biru cudassai, eu ficava esperando sair de algum lugar a Sophia Coppola com a Josiane Balasko e a Ellen Degeneres.
Neste tipo de bar, mais tradicional, junto com a bebida vem um pratinho de comida praticamente inidentificavel. Mas `aquela altura, tanto fazia panqueca de feijao como misto quente, entao eu tomei coragem, cerveja e comi. Tava ate gostoso. As pessoas do bar riam do meu jeito de lidar com os hashis.
Mais uns instantes e ouco outro estalo de rolha, abriram outro campanhe pra comemorar de novo meu aniversario. Eu praticamente nao conseguia mais beber nem fumar nem comer e ja estava praticamente falando japones mas nao podia recusar. Foi o champanhe mais horrivel que ja tomei, doce e com sabor de alguma fruta. Mas eu tive que beber uma taca inteira.
Yuri ja enrolava a lingua e ainda bebeu mais champagne e varios copos de uma bebida que mistura cha verde e saque. De cada 100 palavras que ela dizia em ingles (?), eu entendia umas 3, montava na minha cabeca uma historinha com essas 3 palavras e respondia. Mesmo assim, conseguimos estabelecer uma conversa seria.
Antes de continuar, uma breve descricao de Yuri: 27 anos aparentando 21, pequena, delicada, bonita, muito bem vestida, o tipo de garota que vc jamais diz que eh lesbica.
Voltando ao assunto, Yuri comecou a falar sobre a dificuldade de ser lesbica no japao, onde ate os 30 anos vc tem que casar e largar o emprego. Sobre nao conseguir contar pros pais. Disse tambem que amava a namorada, mas nao tinha certeza se a namorada estava satisfeita com ela. E disse que tinha um problema:
- Eu tenho maos muito pequenas.
Eu mostrei minhas patinhas pra ela e disse que tambem tinha. Ela disse:
- OOOOOOOOOHHHHHHHHHH, eh mesmo, sao tao pequenas, posso te perguntar uma coisa? Voce nao tem problemas no sexo?
Eu respondi que nao. Ela disse que se sentia insegura porque era ativa e ja estava usando 4 dedos na namorada mas ainda nao sabia se estava satisfazendo a garota. Eu pensei: ok, estou novamente tendo uma alucinacao.
Nao vou entrar em mais detalhes pra nao desvelar a intimidade de Yuri pra vcs, mas o fato eh que ela me perguntou absolutamente tudo sobre sexo entre mulheres brasileiras, e eu nao tive coragem de perguntar se o sushi era de assim ou de assim.
Acabamos a noite cantando todas juntas no karaoke. Elas escolheram uma musica da madonna, pra que eu pudesse cantar junto. Mas pra mim japones e o ingles delas eh a mesma coisa.
Fui embora as 5 horas da manha levando flores que ganhei de presente e hoje estou com a maior ressaca dos ultimos dez anos. Os japoneses sao as pessoas mais divertidas do mundo.
Amanha eu volto com mais memorias de uma gueixa que escolhe.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
MEMORIAS DE UMA GUEIXA QUE ESCOLHE
Parte 1 - O Dragao Japones
Ontem eu juntei as forcas que ainda tinha pra comecar minha incursao pela vida lesbiana de Tokyo. Peguei minha listinha de bares e fui pro bairro certo - Shinjuku Ni-Chome.
O primeiro problema eh que achar um lugar em Tokyo eh quase tao dificil quanto transplantar um orgao,?ja que nao existe uma coisa chamada endereco e ninguem nunca sabe onde fica nada. Mas depois de perguntar para 50 pessoas que nao falavam ingles, 35 que parece que falavam ingles, 1? que falavam ingles compreensivel mas nao sabiam me orientar e um homem que queria que eu subisse no apartamento dele pra telefonar pro bar, encontrei um menino que me levou ate o lugar certo.
Era umas nove da noite. O bar, que devia ter uns 20 metros quadrados, estava vazio, a nao ser pela barwoman, Tomo. Ela mal falava ingles e estava muito nervosa, provavelmente pq achava que tinha que me entreter. Usava uma daquelas maquininhas tradutoras eletronicas e, com boa vontade, mimica e imaginacao, me disse que adorava o time de volei brasileiro e que tinha uma foto com a Jaqueline. Quando eu disse que conhecia a Jaqueline pessoalmente ela fez OOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!! e uma reverencia. Era como se eu conhecesse a Angelina Jolie pelada e me querendo.
Comecou a chegar gente e Tomo comecou a relaxar. Mihoko, uma japonesa com cara de gente normal em busca de uma namorada feminina, trabalhadora e gentil (not too boyish, hardo worko and kindo, nas palavras dela). Erika, uma russa que vive aqui e que esta sofrendo por que acabou de levar um pe na bunda. E Iromi. Japonesa bebada. Iromi quase nao tinha dentes e estava muuuuuuuito louca. Iromi ficava arrotando na mesa e fazendo cara de quem ia vomitar. Iromi tava foda.
Tomo, a barwoman, a todo momento me pedia desculpas. Pelo que entendi, Iromi eh meio figurinha carimbada no bairro. Em japones, todas riam, conversavam e ignoravam Iromi. A russa era engracada, nao parava de falar, pedia pra tocar musica da madonna e cantava alto em cima do balcao num ingles bem russo. Mihoko era gente boa. Me indicou festas e bares, traduziu um mapa.
Mais pessoas foram chegando. Garotas de uns vinte poucos, trinta anos, modernas, femininas, algumas bem bonitas. Algumas com namoradas femininas. Outras com namoradas bem rapazinhos, quase vestidas de homens. O ambiente comecou a ficar animado. E todo mundo bebia, falava, se divertia... E ignorava Iromi.
Ate que Iromi comecou a falar alto e tentar agarrar Erika. Erika ria e se esquivava. Dai Iromi virava pra mim e dizia: Carmera, terefon number!!!! E eu nada. Iromi se alterava. Tomo ficava tensa. Erika ria. Mihoko brincava com o telefone. Iromi levantou-se. Virou de costas. Comecou a fazer uma dancinha de strip tease enquanto abria o cinto. O bar gritava e ria. Iromi tirou as calcas. Bem tiradas. Iromi abaixou a cabeca ate quase ao chao, expondo tudo o que tinha por ali. E o pior: IROMI ESTAVA TODA CAGADA!!!!!!!!
Eu fiquei totalmente em choque. Todo mundo ficou, pra falar a verdade. Erika soh dizia oh my god, Tomo me pedia desculpas, Mihoko e o resto do bar riam histericamente e eu soh pensava que estava tendo algum tipo de alucinacao.
Iromi foi embora, deixando o telefone, a bebida e a bolsa. Sei la o que foi feito dela. Eu continuei la, bebi mais uma cerveja e fui embora. Tomo disse pra eu voltar hoje que ela vai me mostrar a foto dela com a Jaqueline.
Pois eh. Esta foi a historia de Iromi, o Dragao Japones. Eu juro que eh verdade. Amanha posto mais Memorias de uma Gueixa que Escolhe.
Sayonara!
Parte 1 - O Dragao Japones
Ontem eu juntei as forcas que ainda tinha pra comecar minha incursao pela vida lesbiana de Tokyo. Peguei minha listinha de bares e fui pro bairro certo - Shinjuku Ni-Chome.
O primeiro problema eh que achar um lugar em Tokyo eh quase tao dificil quanto transplantar um orgao,?ja que nao existe uma coisa chamada endereco e ninguem nunca sabe onde fica nada. Mas depois de perguntar para 50 pessoas que nao falavam ingles, 35 que parece que falavam ingles, 1? que falavam ingles compreensivel mas nao sabiam me orientar e um homem que queria que eu subisse no apartamento dele pra telefonar pro bar, encontrei um menino que me levou ate o lugar certo.
Era umas nove da noite. O bar, que devia ter uns 20 metros quadrados, estava vazio, a nao ser pela barwoman, Tomo. Ela mal falava ingles e estava muito nervosa, provavelmente pq achava que tinha que me entreter. Usava uma daquelas maquininhas tradutoras eletronicas e, com boa vontade, mimica e imaginacao, me disse que adorava o time de volei brasileiro e que tinha uma foto com a Jaqueline. Quando eu disse que conhecia a Jaqueline pessoalmente ela fez OOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!! e uma reverencia. Era como se eu conhecesse a Angelina Jolie pelada e me querendo.
Comecou a chegar gente e Tomo comecou a relaxar. Mihoko, uma japonesa com cara de gente normal em busca de uma namorada feminina, trabalhadora e gentil (not too boyish, hardo worko and kindo, nas palavras dela). Erika, uma russa que vive aqui e que esta sofrendo por que acabou de levar um pe na bunda. E Iromi. Japonesa bebada. Iromi quase nao tinha dentes e estava muuuuuuuito louca. Iromi ficava arrotando na mesa e fazendo cara de quem ia vomitar. Iromi tava foda.
Tomo, a barwoman, a todo momento me pedia desculpas. Pelo que entendi, Iromi eh meio figurinha carimbada no bairro. Em japones, todas riam, conversavam e ignoravam Iromi. A russa era engracada, nao parava de falar, pedia pra tocar musica da madonna e cantava alto em cima do balcao num ingles bem russo. Mihoko era gente boa. Me indicou festas e bares, traduziu um mapa.
Mais pessoas foram chegando. Garotas de uns vinte poucos, trinta anos, modernas, femininas, algumas bem bonitas. Algumas com namoradas femininas. Outras com namoradas bem rapazinhos, quase vestidas de homens. O ambiente comecou a ficar animado. E todo mundo bebia, falava, se divertia... E ignorava Iromi.
Ate que Iromi comecou a falar alto e tentar agarrar Erika. Erika ria e se esquivava. Dai Iromi virava pra mim e dizia: Carmera, terefon number!!!! E eu nada. Iromi se alterava. Tomo ficava tensa. Erika ria. Mihoko brincava com o telefone. Iromi levantou-se. Virou de costas. Comecou a fazer uma dancinha de strip tease enquanto abria o cinto. O bar gritava e ria. Iromi tirou as calcas. Bem tiradas. Iromi abaixou a cabeca ate quase ao chao, expondo tudo o que tinha por ali. E o pior: IROMI ESTAVA TODA CAGADA!!!!!!!!
Eu fiquei totalmente em choque. Todo mundo ficou, pra falar a verdade. Erika soh dizia oh my god, Tomo me pedia desculpas, Mihoko e o resto do bar riam histericamente e eu soh pensava que estava tendo algum tipo de alucinacao.
Iromi foi embora, deixando o telefone, a bebida e a bolsa. Sei la o que foi feito dela. Eu continuei la, bebi mais uma cerveja e fui embora. Tomo disse pra eu voltar hoje que ela vai me mostrar a foto dela com a Jaqueline.
Pois eh. Esta foi a historia de Iromi, o Dragao Japones. Eu juro que eh verdade. Amanha posto mais Memorias de uma Gueixa que Escolhe.
Sayonara!
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Oi, amigas
Ontem, dia 8, foi a estreia da terceira temporada do L Word em Los Angeles, entao a cidade tava cheia de cartazes, outdoors, anuncios em revistas tipo caras, com a foto das nossas melhores amigas imaginarias.
Nao assisti porque fui embora ontem mesmo. Alias, estou escrevendo pra vcs de cabeca para baixo.
Mas na sexta-feira fui com a senhora K num bar de mocas em LA e, entre uma cerveja e outra, observando os tipos, criei a escala LWord.
Aquele bar, por exemplo, chamado The Normandie Room, apesar de ser um bar q nao eh grande coisa e fica num lugar bem obvio, tem uma das maiores contagens que ja vi numa escala L Word.
Dava pra reconhecer qual personagem do L Word cada frequentadora gostava mais. Tinha varias Shanes, umas duas Bettes - sim, sempre tem que ter uma femea alfa de terno - umas alices e ate uma Jenny sentada no balcao sozinha com cara de quem se corta nas horas vagas.
Mas escala L Word nao eh soh imitacao, eh vaidade, charme e simpatia tambem.
Digamos que este bar tem uma contagem 5 na escala L Word. No Farol, por mais Bettes que encontremos, nao chega a medir meio ponto percentual. Eo lugar com maior indice na escala L Word que conheco eh o Le Pulp - pelo menos era, JB e a outra JB podem nos confirmar se continua.
Em tempo* san francisco, apesar da fama, deu contagem L Word negativa... Mas a cidade eh linda...
Agora, leitoras, mandem suas avaliacoes dos bares e lugares que vcs conhecem de acordo com a escala l Word. Black Bird, em Portugal, como anda a cena? Ainda eh o Catedral, o Trumps e aquela Tasca do lado do Fragil?
Beijos a todas que eu vou tentar tomar cafe da manha sem tirar as luvas.
Ontem, dia 8, foi a estreia da terceira temporada do L Word em Los Angeles, entao a cidade tava cheia de cartazes, outdoors, anuncios em revistas tipo caras, com a foto das nossas melhores amigas imaginarias.
Nao assisti porque fui embora ontem mesmo. Alias, estou escrevendo pra vcs de cabeca para baixo.
Mas na sexta-feira fui com a senhora K num bar de mocas em LA e, entre uma cerveja e outra, observando os tipos, criei a escala LWord.
Aquele bar, por exemplo, chamado The Normandie Room, apesar de ser um bar q nao eh grande coisa e fica num lugar bem obvio, tem uma das maiores contagens que ja vi numa escala L Word.
Dava pra reconhecer qual personagem do L Word cada frequentadora gostava mais. Tinha varias Shanes, umas duas Bettes - sim, sempre tem que ter uma femea alfa de terno - umas alices e ate uma Jenny sentada no balcao sozinha com cara de quem se corta nas horas vagas.
Mas escala L Word nao eh soh imitacao, eh vaidade, charme e simpatia tambem.
Digamos que este bar tem uma contagem 5 na escala L Word. No Farol, por mais Bettes que encontremos, nao chega a medir meio ponto percentual. Eo lugar com maior indice na escala L Word que conheco eh o Le Pulp - pelo menos era, JB e a outra JB podem nos confirmar se continua.
Em tempo* san francisco, apesar da fama, deu contagem L Word negativa... Mas a cidade eh linda...
Agora, leitoras, mandem suas avaliacoes dos bares e lugares que vcs conhecem de acordo com a escala l Word. Black Bird, em Portugal, como anda a cena? Ainda eh o Catedral, o Trumps e aquela Tasca do lado do Fragil?
Beijos a todas que eu vou tentar tomar cafe da manha sem tirar as luvas.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Chacha, ja ta andando de cabeça pra baixo?
Mande notícias!
Mande notícias!
quinta-feira, janeiro 05, 2006
S.O.S BIGSISTER!!!!!!
Ja ouviu falar das MULHERES PREOCUPADAS PELA AMÉRICA? Pois é, elas estão preocupadíssimas com a boneca Barbie que anda "incentivando" as criancinhas a serem gays! Tudo por que num cadastro, os caras da Mattel colocaram as opções: homem, mulher e ainda não sei. O melhor disso tudo são as opiniões postadas no TERRA, fiz uma pequena seleção, divirtam-se:
" SODOMA E GOMORRA OS ESPERAM FABRICANTES DO DEMONIO."
" Não sei o porque que ser homosexual tem que virar moda.Querem incutir isso no mundo de qualquer jeito. Agora influenciar crianças tbm? Isso é coisa de pedófilo, doente que com certeza foi abusado sexualmente quando era criança.Vai procurar ajuda ! "
" Acho que a Barbie é culpada sim... Acho até que a crise do PT apareceu por culpa dela. Fora com a Barbir. Barbie, go home." (adorei essa)
Agora é com vc, BIG...
Ja ouviu falar das MULHERES PREOCUPADAS PELA AMÉRICA? Pois é, elas estão preocupadíssimas com a boneca Barbie que anda "incentivando" as criancinhas a serem gays! Tudo por que num cadastro, os caras da Mattel colocaram as opções: homem, mulher e ainda não sei. O melhor disso tudo são as opiniões postadas no TERRA, fiz uma pequena seleção, divirtam-se:
" SODOMA E GOMORRA OS ESPERAM FABRICANTES DO DEMONIO."
" Não sei o porque que ser homosexual tem que virar moda.Querem incutir isso no mundo de qualquer jeito. Agora influenciar crianças tbm? Isso é coisa de pedófilo, doente que com certeza foi abusado sexualmente quando era criança.Vai procurar ajuda ! "
" Acho que a Barbie é culpada sim... Acho até que a crise do PT apareceu por culpa dela. Fora com a Barbir. Barbie, go home." (adorei essa)
Agora é com vc, BIG...
