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quarta-feira, março 03, 2004

QUEM NÃO AUTO-AJUDA, NÃO ATRAPALHA.

O futebol é uma grande metáfora da nossa tão conhecida guerra dos sexos. Como assim, perguntarão estupefatas algumas leitoras. Você está maluca, indagarão bem-humoradas outras. Eu explico.

Quando um homem joga futebol, ele pega a bola que seus companheiros tão gentilmente lhe lançam, correm até o adversário, desviam dele com a bola num movimento que se convencionou chamar de drible e, numa clara demonstração de espírito de equipe, serve a outro companheiro para que ele faça o gol.

Agora quando uma mulher está com a bola e se vê de frente com alguém do outro time ela simplesmente tenta atravessar a pessoa, sem a menor intenção de desviar dela. Ou seja, dessa disputa só se salva o que respingar e o acaso é o grande jogador.

Assim como no futebol, na vida também o encontro de duas mulheres é um choque galáctico, uma explosão, um confronto de duas vidas que colidem e tentam se atravessar.

Se este encontro vai dar certo, é impossível prever. Tudo depende de pra que lado a bola vai sobrar.

Por isso, amigas, se você sente que na sua vida nada se resolve com harmonia, se todos os eventos são recheados de lesbian drama, é porque você não sabe driblar.

Pare de tentar atravessar seu destino, você é feita de carne e osso e músculos e nervos e sangue, e o seu destino também.

Você é uma pessoa plena, inteira e não precisa se fundir com mais nada, apenas cercar-se, rodear, conviver e oferecer aquilo que a sua plenitude de mulher que escolhe tem de melhor: o dom da andar pela vida de cabeça e peitos erguidos.

Pra pensar mastigando um palito de incenso.

(compreensivamente)

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