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sexta-feira, março 12, 2004

Twenty Fingers Pictures presentes

A PSICOSAPA

Em

POEMA DE PROVADOR

Marina Duncan (os nomes foram trocados para proteger a privacidade dos envolvidos) foi na C&A dar uma zapeada na coleção da Gisele. Pegou uns bermudões de surfista na seção masculina, um tamanquinho de madeira pra enganar a mãe, umas calcinhas de algodão e foi pro provador. Chegando lá paralisou e gaguejou quando viu a funcionária que fica na porta. Apaixonou, babou, todas essas coisas. Ficou nervosa. E quando ela lhe deu a plaquinha de acrícilico com o número de peças para provar, sentiu que seus dedos se tocaram e a arraia bateu asas.
Não sabendo como proceder e não podendo ignorar, pegou o cajal na bolsa e deixou um poema escrito no espelho da cabine. E assim estaria sua sorte nas mãos do destino.

A ruiva baixa clara e rósea
Empunhava miles de cabides
Qual ave do paraíso
A levar galhos para o seu ninho
De amor

E eu, envolta em panos de um futuro armário
Desde o passado fora do armário
O assistente de caixa se chama Mário
Entro em suspensão
E fervor

Eu te amo, baixa clara e rósea
Pra sempre admirarei o que conheço de ti
Te invento tímida, doce, alérgica a ovo
Te invento viva, de QI baixo, do povo
Te invento fogosa, virgem, te invento e sofro

E te inventando sonho amores de cabine
Molhados, selvagens, com manequins da vitrine
E pendurada qual roupa solta no seu cabide
Acordo e espero que você me ligue

Pra tomar um chope e comer um bacalhau.
9968 575

varejeiramente,


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