<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, abril 15, 2004

Ela vem andando contra o horizonte, calor dos dias formando a miragem de uma deusa, cabelos ao vento, botas na bosta. Entre vacas e búfalos, um jeans apertado, um xadrez nos bolsos da camisa, a fivela do cinto qual brasão quatrocentão de família, escudo de guerreiros medievais, caldeirão de magos ancestrais, musa de todas as épocas. Tua bota zebu aperta meu coração a cada passo sobre a relva do pasto, atrás de ti cada ovino degusta o solo sagrado, o alimento abençoado por teus sapatões, ó vaqueira. Ode à tua beleza, a teus olhos caídos, ao teu shampoo perfeito em cabelos sem nenhum estilo, és o bofe da feminilidade, sapa playboy, aquela de quem não desconfiam direito, mas aquela que mais Y tem na célula.
Vens em direção a nós, saca o laço na cintura e roda, produz som, solta a corda, laça a égua, cheira seus pelos e nela monta, como numa mulher. Senhora de si, suja de esterco, veríssima!

liricamente,

This page is powered by Blogger. Isn't yours?