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quarta-feira, junho 02, 2004

Desde pequena, Dani W não gostava muito de se mexer. No bercinho ignorava brinquedos como chocalho ou outras coisinas de morder, apertar ou sacudir. Ela gostava mesmo é que fizessem cosquinhas nela.

Cresceu assim, quase imóvel. Não andava de bicicleta, a não ser na garupa dos amigos. Na adolescência não dançava, a não ser que a pegassem no colo.
Adulta, enfrentou muito preconceito. De tanta preguiça de aguentar os homens, transformou-se em lésbica. Mas a cada novo relacionamento, encontrava os mesmos problemas: os maus julgamentos, as cobranças, os conflitos causados pelo desconforto que as pessoas têm pela estranheza. Dani W não queria se mexer, nem beijar na boca, nem pegar nos seios, nem acariciar as coxas, nem arranhar as costas, nem usar seus dedos, mãos, pernas, boca, nenhuma parte do seu corpo. Danielle era a uma P.A.(passiva absoluta).

Sofreu muito por relacionamentos que naufragaram na incompreensão. Até que ditou um manifesto, em voz baixa pra não fazer muito esforço, em defesa da passividade absoluto, documento que ficou famoso na década de 80 como sussurro de guerra de toda uma geração. A partir de Dani W, as passivas puderam finalmente se assumir, e nunca mais fazer mais nada. Em sua homenagem, anos depois, foi criada uma manifestação (onde as passivas nunca vão, mas suas namoradas as representam), a mundialmente conhecida PARADA GAY!

estagnadamente,

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