quarta-feira, junho 30, 2004
Toda mulher que escolhe, no fundo tem uma queda por filmes sobre presídios de mulheres. Afinal, é a nossa primeira desculpa e mais inocente contato com o mundo rico e cheio de nuances das relações entre mulheres. Ali, protegidas/pressionadas pelas circunstâncias, toda mulher tem seu papel e todo o papel é representado por uma mulher, se é que você me entende. Ali, a mulher não tem escolha. É a nossa redenção.
Por isso, o Vae está lançando a série:
PRESÍDIO DE MULHERES
Tracy ouvira as palavras que o juiz proferira sem proferir uma palavra. Soubera desde o princípio que não teria como escapar de uma condenção. O plano de Sharon, sua rival, fora perfeito. Tracy fora encontrada ao lado do corpo com uma faca e um queijo na mão, a roupa suja de sangue e as palavras “Foi a Tracy” escritas com sangue na parede. Não sabia como tinha ido parar lá, mas tinha certeza de que fora um plano de Shelly, a invejosa. Um plano maquiavélico.
Bom, pensou Tracy, pelo menos terei 30 anos para pensar na minha vingança. Com as outras detentas, aprenderei todas as técnicas para perseguir, torturar, matar. Cumpriria sua pena e sairia da cadeia mais astuta, mais ágil, mais violenta, mais furiosa, mais vingativa, mais loira e mais stylish que The Bride.
A chegada no Presídio Feminino de Fortuna Imperatrix Mundi fora desconfortável. Olhares intimidadores eram lançados de todos os cantos escuros e úmidos daquele prédio e daquelas mulheres. Guardas, prisioneiras, funcionários, nenhum esboço de sorriso ou indiferença, apenas hostilidade. Entre poucas palavras, Tracy fora encaminhada para o centro de triagem e preparação, para passar pelo ritual de registro e admissão. Teve seu cabelo raspado, uma tatuagem feita e um piercing colocado na sobrancelha, uniforme do lugar. Recebeu em seguida um par de coturnos, uma calça de velhos batalhões do exército, tamanho único, duas regatas brancas e uma correntinha. Teve que deixar no depósito seus objetos pessoais e recebeu um kit contendo uma colher, uma tesourinha sem ponta para manter as unhas aparadas e um palito de dentes para limpar por baixo delas. Em seguida, recebeu ordens de se despir, fazer poses sexy, dançar a macarena e abrir bem os dedos das mãos e dos pés pra ver se não tinha frieira. Primeiro uma ducha fria de mangueira com uma mistura de água, soapex e piolim e depois foi encaminhada para a sua cela fria, escura, impessoal e repleta de companheiras: Dedão, Rachinha, Assolan, Leila 69, Bauer e Freitas. Não era o melhor dia para apresentações. Tracy deitou-se no catre reservado a ela e olhou para a cama de cima até a manhã seguinte.
condenadamente,
Por isso, o Vae está lançando a série:
PRESÍDIO DE MULHERES
Tracy ouvira as palavras que o juiz proferira sem proferir uma palavra. Soubera desde o princípio que não teria como escapar de uma condenção. O plano de Sharon, sua rival, fora perfeito. Tracy fora encontrada ao lado do corpo com uma faca e um queijo na mão, a roupa suja de sangue e as palavras “Foi a Tracy” escritas com sangue na parede. Não sabia como tinha ido parar lá, mas tinha certeza de que fora um plano de Shelly, a invejosa. Um plano maquiavélico.
Bom, pensou Tracy, pelo menos terei 30 anos para pensar na minha vingança. Com as outras detentas, aprenderei todas as técnicas para perseguir, torturar, matar. Cumpriria sua pena e sairia da cadeia mais astuta, mais ágil, mais violenta, mais furiosa, mais vingativa, mais loira e mais stylish que The Bride.
A chegada no Presídio Feminino de Fortuna Imperatrix Mundi fora desconfortável. Olhares intimidadores eram lançados de todos os cantos escuros e úmidos daquele prédio e daquelas mulheres. Guardas, prisioneiras, funcionários, nenhum esboço de sorriso ou indiferença, apenas hostilidade. Entre poucas palavras, Tracy fora encaminhada para o centro de triagem e preparação, para passar pelo ritual de registro e admissão. Teve seu cabelo raspado, uma tatuagem feita e um piercing colocado na sobrancelha, uniforme do lugar. Recebeu em seguida um par de coturnos, uma calça de velhos batalhões do exército, tamanho único, duas regatas brancas e uma correntinha. Teve que deixar no depósito seus objetos pessoais e recebeu um kit contendo uma colher, uma tesourinha sem ponta para manter as unhas aparadas e um palito de dentes para limpar por baixo delas. Em seguida, recebeu ordens de se despir, fazer poses sexy, dançar a macarena e abrir bem os dedos das mãos e dos pés pra ver se não tinha frieira. Primeiro uma ducha fria de mangueira com uma mistura de água, soapex e piolim e depois foi encaminhada para a sua cela fria, escura, impessoal e repleta de companheiras: Dedão, Rachinha, Assolan, Leila 69, Bauer e Freitas. Não era o melhor dia para apresentações. Tracy deitou-se no catre reservado a ela e olhou para a cama de cima até a manhã seguinte.
condenadamente,