<$BlogRSDUrl$>

terça-feira, novembro 08, 2005

No set com

AVA GINA FONDA

Lésbica crítica, inclusive de cinema.

Nesse fim de semana, depois de horas na frente do Playstation, em lembrei que chinesas morrem semanalmente de tanto jogar videogame e resolvi ir ao cinema.

Fui ver o filme do avião. É, aquele, da Jodie Foster. O nome do filme? Ora, por favor, não tenho a menor idéia do nome do filme. E desde quando isso tem importância?

O filme já começa bem com a Jodie Foster não mais casada, isto é, viúva. O marido escorregou, caiu, bateu a cabeça e, ô dó, morreu. Aliás, a primeira cena é tudo, Jodie sentada numa estação de metrô em Berlim, a placa Alexanderplatz atrás, ela chorando, de preto e viúva, corta! Neste momento olhei pra minha gueixa sodomita Anne Carole de la Gorge e disse: Anne Carole, esse filme é erótico, aqueça as falangetas.

Daí a moça pega uma avião pra NYC com a filha que sobrou do casamento e vai.

O resto da história? Ora, de novo, não me faça perguntas estúpidas. Era um thirller da Jodie Foster, hello, who cares? Por mim podia até tirar o áudio, as legendas e todo o resto das pessoas do cinema, exceto a garota pequena e ruiva da terceira fila que estava lá sozinha assistindo àquele filme por alguma razão, e eu e Anne Carole faríamos um bom combinado com ela. Gostaria de comer sushi no seu corpo e guardar a bolinha de wasabi no seu umbigo, aiai, a vida é um grande cardápio, não é mesmo?

Voltando à Jodie Foster, querida, nem te conto. Logo nas primeiras cenas do filme descobrimos que a profissão da personagem principal é, nada mais, nada menos que...

ENGENHEIRA DE TURBINAS DE AVIÃO!!!

Amigas, vocês não imaginam o que eu senti por dentro quando ela pronunciou, com aquela voz de sapatão que lhe é peculiar, que era engenheira de turbinas de avião. Quando recuperei o fôlego sussurrei pra Anne Carole, “esqueça as falangetas, meu bem, aqueça o braço inteiro! Melhor: aqueça os dois, quero que você me bata muito enquanto me come!”.

A partir daí, tudo funciona lindamente. Jodie com sua roupa básica preta e sapatinhos de salto grosso (ok, é um pouco brochante vê-la usando um sapato igual ao da Scully), mas voltando ao assunto, com menos de meia hora de filme ela começa a fazer cara de tensa. Aquelas mandíbulas são de enlouquecer qualquer um. E entra num turbilhão de emoções onde ela corre, se esconde, luta, sofre, chora e nunca desiste, culminando com o momento onde ela tira o pull over e por baixo está usando apenas uma sweat shirt cinza meio desfiada de ginástica (releitura flashdance) já suada e mostrando seus músculos enquanto se enfia pelos recantos do avião pra lutar contra os terrorístas, ai! Gente, desde o Império dos Sentidos não se via um filme tão estimulante.

Termina com uma linda metáfora de amor lésbica e esperança com Jodie levando nos braços sua filha. Isso significa que, como na vida real da própria atriz, não é por falta de figura paterna que não podemos criar pequenos seres com os nossos olhos, nosso nariz, nossa inaptidão social. Nós, mulheres que escolhem, podemos sim gerar. A vida reside num tubinho. E este tubinho não é necessariamente a uretra.

Cotação do filme:
0 dedadas pro roteiro, que roteiro?
uma longa lambida pra atriz principal, nossa senhora de jodie foster.

E LEMBREM-SE GAROTAS: SE A ATRIZ PRINCIPAL NÃO ESTÁ CONSEGUINDO FAZER VOCÊ CHEGAR LÁ, USE COADJUVANTES.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?