quinta-feira, maio 25, 2006
Na balada com DJ GspotXX, aquela que toca fundo
GET DOWN, GET DOWN
Ou
São Paulo é perfeita, por isso amo Porto Alegre.
Bá, gurias, passei um fim de semana tri-amor no Porto.
Primeiro porque tava frio e deu pra vestir casaco de lã novinho que eu tava tri-afim de estrear e não tinha oportunidade. Segundo porque me diverti à vera nas baladas do sul.
Ta certo que a sexta foi, de certa forma, micada.
Eu e as gurias fomos num restaurante supercool, meio tipo spot, descoladinho e moderninho no Moinhos, o Press Café. A gente ficou lá bebendo vinho, o que é uma coisa ótima de gaúcho, tomar vinho no inverno em qualquer ocasião. A ressaca no dia seguinte é meio que uma destruição animalesca do ego e de células nervosas, mas durante o porre é tri a fudê.
Daí a gente saiu de lá numa empolgação bagaceira e resolveu ir no vitraux.
As que sào de lá sabem do que eu estou falando.
O vitraux é tipo um banheiro público do inferno. Uma boate tão bagaceira, mas tão bagaceira que tem estacionamento de scania do lado. A única boate que conheço que tem banheiro exclusivo pra travestis e transsexuais. O som é tão ruim que não tem nem subwoofer, toca tudo no agudo máximo, dói muito o tímpano. Pra beber alguma coisa é preciso levar um paninho e um veja pra desinfetar os copos. E evite qualquer coisa com vodka, você pode ficar cego de uma hora pra outra. Tem mesas de sinuca, pista sertaneja, posteres da Elke Maravilha e mosaicos de espelho. É a nave-mãe de todas as bagaceiras. É a rainha da inglaterra de todas as bagaceiras. É a cereja de chuchu no topo do sorvete de todas as bagaceiras.
Além disso, senhoras e senhoras, o Vitraux recebe todo ano o famigerado concurso de Miss “Mulher com H”. Sim, exatamente isso que vcs estão pensando. Num desses anos em que presenceei a cena, ganhou a/o candidata/o Darth Vader e sua espada de lâmpada fluorescente, com a qual ela/o fazia encenações vagamente eróticas.
Como vcs podem ver, sendo o vitraux tão bagaceiro, é extremamente popular e está sempre cheio.
Menos nesta sexta a noite. Não havia viva alma bagaceira lá dentro. Teríamos que ir embora. E pra casa. Afinal, se lá estava vazio, não haveria ninguém na rua em nenhum outro ponto da cidade.
Foi uma pena, afinal, queria muito dançar whitney huston, cher e outros sucessos de queer house music, psi-co-sap transe, fazer as letrinhas de wmca com os braços e, melhor ainda, cantar o novo hit do technotronic com o refrão: “bicha não sou não, não sou não sou sapatão...”
Passou.
Já no sábado tinha festinha de aniversário do amigo do amigo do avesso do avesso. Não sei quem era mas tem amigos animados. Fui com a gangue da cidade baixa: pisciana psicodélica, humphrey boquet e anais on speed. Imaginem.
A festa foi no Circuito, um bar que parece a Torre do Dr. Zero (que hoje tem outro nome, eu sei, mas eu só lembro desse) só que melhor decorado. E o que eu adoro em POA: a gente janta tri-bem no restaurante, depois bebe um pouquinho, depois não precisa pegar o carro pra ir dançar, é só subir a escada e tá na pista. As pessoas são completamente diferentes umas das outras e todo o espírito da festa segue essa variedade. Primeiro porque é o lugar mais mix de verdade que eu conheço. Nào é mix no sentido de juntar gays com moderninhos héteros quase gays. Mistura gays de todos os tipos com héteros de todos os tipos. TODOS. Alguns bebem vinho discretamente, outros bebem cerveja expansivamente, outros apelam pra vodka, muitos bebem tudo isso ao mesmo tempo. O DJ não tem a menor, mas a menor, mas nenhuma mesmo, lógica. Ele junta erasure com chemichal brothers e raul seixas nos mesmos 8 minutos de set. E tudo bem, porque todo mundo parece não ligar e continua dançando. E as pessoas dançam de verdade, doidas mesmo, de olhos fechados e sacudindo os braços (eu não disse que era bonito, mas é espontâneo) e fazem coreografias. Aqui em são paulo a maioria das pessoas na maioria dos lugares só mexe os ombrinhos pra ficar mais sexy.
Às vezes cansa ser sexy.
Em resumo, eu tomei umas 2 brejas de ampola, umas 5 vodkas, umas 4 latas de red bull (confesso que uma hora me empolguei e disse que cada lata daquelas equivalia a 100 cafezinhos logo, fazendo as contas, é como se eu tivesse tomado 400 cafezinhos e sobrevivido).
No dia seguinte eu queria ser atropelada por uma niveladora ou examinada por uma junta médica.
Mas foi tri-bom.
Então quando tu for a POA, me peça dicas. Eu tenho as piores.
Ass. DJ GspotXX – Pick me up, babe, and I'll scratch all your body.
GET DOWN, GET DOWN
Ou
São Paulo é perfeita, por isso amo Porto Alegre.
Bá, gurias, passei um fim de semana tri-amor no Porto.
Primeiro porque tava frio e deu pra vestir casaco de lã novinho que eu tava tri-afim de estrear e não tinha oportunidade. Segundo porque me diverti à vera nas baladas do sul.
Ta certo que a sexta foi, de certa forma, micada.
Eu e as gurias fomos num restaurante supercool, meio tipo spot, descoladinho e moderninho no Moinhos, o Press Café. A gente ficou lá bebendo vinho, o que é uma coisa ótima de gaúcho, tomar vinho no inverno em qualquer ocasião. A ressaca no dia seguinte é meio que uma destruição animalesca do ego e de células nervosas, mas durante o porre é tri a fudê.
Daí a gente saiu de lá numa empolgação bagaceira e resolveu ir no vitraux.
As que sào de lá sabem do que eu estou falando.
O vitraux é tipo um banheiro público do inferno. Uma boate tão bagaceira, mas tão bagaceira que tem estacionamento de scania do lado. A única boate que conheço que tem banheiro exclusivo pra travestis e transsexuais. O som é tão ruim que não tem nem subwoofer, toca tudo no agudo máximo, dói muito o tímpano. Pra beber alguma coisa é preciso levar um paninho e um veja pra desinfetar os copos. E evite qualquer coisa com vodka, você pode ficar cego de uma hora pra outra. Tem mesas de sinuca, pista sertaneja, posteres da Elke Maravilha e mosaicos de espelho. É a nave-mãe de todas as bagaceiras. É a rainha da inglaterra de todas as bagaceiras. É a cereja de chuchu no topo do sorvete de todas as bagaceiras.
Além disso, senhoras e senhoras, o Vitraux recebe todo ano o famigerado concurso de Miss “Mulher com H”. Sim, exatamente isso que vcs estão pensando. Num desses anos em que presenceei a cena, ganhou a/o candidata/o Darth Vader e sua espada de lâmpada fluorescente, com a qual ela/o fazia encenações vagamente eróticas.
Como vcs podem ver, sendo o vitraux tão bagaceiro, é extremamente popular e está sempre cheio.
Menos nesta sexta a noite. Não havia viva alma bagaceira lá dentro. Teríamos que ir embora. E pra casa. Afinal, se lá estava vazio, não haveria ninguém na rua em nenhum outro ponto da cidade.
Foi uma pena, afinal, queria muito dançar whitney huston, cher e outros sucessos de queer house music, psi-co-sap transe, fazer as letrinhas de wmca com os braços e, melhor ainda, cantar o novo hit do technotronic com o refrão: “bicha não sou não, não sou não sou sapatão...”
Passou.
Já no sábado tinha festinha de aniversário do amigo do amigo do avesso do avesso. Não sei quem era mas tem amigos animados. Fui com a gangue da cidade baixa: pisciana psicodélica, humphrey boquet e anais on speed. Imaginem.
A festa foi no Circuito, um bar que parece a Torre do Dr. Zero (que hoje tem outro nome, eu sei, mas eu só lembro desse) só que melhor decorado. E o que eu adoro em POA: a gente janta tri-bem no restaurante, depois bebe um pouquinho, depois não precisa pegar o carro pra ir dançar, é só subir a escada e tá na pista. As pessoas são completamente diferentes umas das outras e todo o espírito da festa segue essa variedade. Primeiro porque é o lugar mais mix de verdade que eu conheço. Nào é mix no sentido de juntar gays com moderninhos héteros quase gays. Mistura gays de todos os tipos com héteros de todos os tipos. TODOS. Alguns bebem vinho discretamente, outros bebem cerveja expansivamente, outros apelam pra vodka, muitos bebem tudo isso ao mesmo tempo. O DJ não tem a menor, mas a menor, mas nenhuma mesmo, lógica. Ele junta erasure com chemichal brothers e raul seixas nos mesmos 8 minutos de set. E tudo bem, porque todo mundo parece não ligar e continua dançando. E as pessoas dançam de verdade, doidas mesmo, de olhos fechados e sacudindo os braços (eu não disse que era bonito, mas é espontâneo) e fazem coreografias. Aqui em são paulo a maioria das pessoas na maioria dos lugares só mexe os ombrinhos pra ficar mais sexy.
Às vezes cansa ser sexy.
Em resumo, eu tomei umas 2 brejas de ampola, umas 5 vodkas, umas 4 latas de red bull (confesso que uma hora me empolguei e disse que cada lata daquelas equivalia a 100 cafezinhos logo, fazendo as contas, é como se eu tivesse tomado 400 cafezinhos e sobrevivido).
No dia seguinte eu queria ser atropelada por uma niveladora ou examinada por uma junta médica.
Mas foi tri-bom.
Então quando tu for a POA, me peça dicas. Eu tenho as piores.
Ass. DJ GspotXX – Pick me up, babe, and I'll scratch all your body.