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sábado, junho 10, 2006

no set com

AVA GINA FONDA

lésbica crítica, inclusive de cinema


"Ava gina vai cortar as falangetas – porque os pulsos é muito perigoso.
Ava gina acabou de ver Magnólia 2, também conhecido no mercado cinematográfico como Crash.
Vão tomar no cu. Que filme ridículo.
Propaganda caucasiana disfarçada de autocrítica.
Será que eu sou paranóica (como um dos personagens do filme) ou tem mais gente que percebeu? Os americanos abraçando as minorias e dizendo, sim, eu sou tão legal que até perdôo vocês. E as minorias sendo sumariamente culpadas pelo racismo reverso, backprejudice. E não importa se você é persa, árabe ou turco, no fundo acaba sendo um filho da puta obcecado incapaz de aprender línguas estrangeiras, mas capaz de todos os outros tipos de loucuras quando possuídos pela cólera. E se você é latino, ah, cuidado, os latinos são muitos, não vamos tocar no assunto. Mas que saco.
Os estados unidos tentando se posicionar como raça. Que coisa mais ridícula. Eles são tudo menos raça. Aliás, eles não são mais nada. São o asilo de veteranos de guerra do mundo. Todos decadentes, caducos, recalcados, sem calças, contando historias de batalha pros arbustos do jardim, na hora do banho de sol.
E ficam fazendo esses filmes que eles devem achar o cúmulo da lucidez, e repetem 89 vezes a mesma historia, afinal, são totalmente esclerosados, e se acham o máximo. Beleza Americana, Magnólia, um outro com o Sean Penn que esqueci o nome, enfim, short cuts de historias de pessoas em choque pelo colapso dos seus valores, sofrendo de depressão, câncer ou por crimes acidentais, ao som de Aimee Mann. Depois chovem sapos. Ou neva, no caso do Crash. Mas eles copiam e nem disfarçam. Mas os americanos são assim, enquanto cultura. Tem que explicar tudo bem devagar e várias vezes, senão eles não entendem.
Sandra bullock vai ter que pedir perdão de joelhos por ter participado dessa porcaria com orçamento grande, depois vai ter que se levantar e deixar que eu peça perdão pra ela, ou então viramos uma pra cada lado e pedimos perdão mutuamente, enfim, Mrs Bullock merece uma segunda chance. Ela tem aquelas sobrancelhas.
Mas pra não dizer que o sábado foi uma perda total, eu vi também Ellie Parker. Um filmezinho independente todo gravado em DV que a Naomi Watts começou a fazer antes de Mulholland Dr (ou seja, antes da fama) e terminou depois, só de farra. Foi lançado como curta em 2001, depois foram gravando cenas quanto tinham tempo e terminaram em 2005. Na verdade, o filme é bem chato, tem umas coisas meio cabeção, mas tem umas curiosidades como um show da banda do Keanu Reeves (dogstar).
E, claro, tem a Naomi Watts que faz qualquer direção de fotografia ficar mais bonita. Linda e ainda com sotaque australiano (ok, ultimamente isso tem implicado em um certo charme pra mim), Naomi dá um show de extroversão e senti muita VPP por ela, nos momentos em que não estava sentindo outra coisa. Foi então que resolvi chamar minha concubina sem superego Anne Carole de la Gorge, pedi pra ela amarrar o longa metragem na cintura, fazer o penteado do David Lynch e falar coisas sem sentido no meu ouvido. É o que ela está fazendo agora, por isso o texto pode ter erros de digitação.
Então se quiserem deprimir-se por serem latinas e porque Bush faz cinema, ou rever Magnólia sem a Julianne Moore, vejam Crash.
Se quiserem passar duas horas olhando a cara da Naomi Watts de um ângulo que só o King Kong tinha visto, bem de perto, sem maquiagem, e imaginar que isso é um aquecimento para a cena da masturbação do Mulholland Dr, veja Ellie Parker. Quem sabe você pode até repetir a cena do Mulholland Dr em casa depois, não é?
Mas o melhor mesmo é ler um livro.
(Uma sugestão é o Balada para Meninas Perdidas, da Vange Leonel. Um L Word brasileiro, mas sem as mulheres grávidas. Pra fazer hora ate estrear a 2 temporada no Brasil, na warner.)"

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