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quinta-feira, agosto 17, 2006





Ava Gina tava em casa ontem, meio com febre, porque semi-deusas também sofrem disso as vezes, sabe, desgasta, enfim.

Jogada no sofá com uma lingerie confortavel, óleo no corpo e lambendo um pirulito, eu disse à minha cortesã sem nenhuma moral:

Anne Carole, entretenha a parte de baixo do meu corpo, que a de cima já está vendo TV.

Obviamente ela me obedeceu, aliás, ela me obedece como ninguém, principalmente quando eu peço que mande em mim. Já eu não sou tão boa nisso, portanto às vezes ela tem que queimar meu peito com o cigarro pra eu aprender. Ou então amarrar meus mamilos, mas disso eu gosto.

Mas que assunto, não é? Se eu não parar vou molhar a cadeira do trabalho de novo...

Bom, sobre ontem a noite, eu toda oleosa vendo TV e Anne Carole agachada ali na frente, eu até queria mudar de canal mas ela estava usando as pilhas e fui obrigada a assistir ao que tava passando mesmo.

America’s Next Top Model.

Não vou nem comentar o show de interpretação da Tyra Banks tentando fazer drama e suspense na hora de apresentar a vencedora do programa. Não vou nem comentar o papel patético do júri tentando fazer críticas engraçadas às modelos imitando uma época em que o que faz o povo rir é a absoluta falta de respeito com qualquer outro ser humano. Quanto mais você humilha a outra pessoa, mais a audiência sobe. É mais ou menos como com a Anne Carole. Quanto mais se humilha, mais a coisa sobe. Mas a coisa, neste caso, não se chama audiência. Se chama Pepinão ou Rolinha, depende de onde está apontando.

Onde eu estava? Ah, sim, no sofá da sala lambendo um pirulito.

Não vou nem comentar o nível intelectual das conversas entre as modelos, porque isso seria muito óbvio. Não vou nem comentar a cara de decepção e glória que elas faziam com a classificação ou desclassificação do programa. E achando que são totalmente diferentes das misses, aquela coisa kitsch...

Por outro lado, não vou nem comentar que a Twiggy estava no júri. E eu alternava ondas de felicidade quando pensava em quem ela é e em como foi linda, e ondas de tristeza em pensar que ela estava participando daquele espetáculo degradante de nudez humana sem ao menos tirar as roupas. O problema desses programas, queridas, é que eles falam da gente. É uma grande candid camera que a gente pensa que não está participando. Prefiro outros tipos de programa.

Mas falando em ondas, as de felicidade e tristeza foram substituídas por ondas de prazer graças à combinação mística de Anne Carole e seu braço de ferro, pilhas, cinto, pirulito, óleo de amêndoas, cenas do In the Cut e Kim.

Esta é Kim, uma das concorrentes a America’s Next Top Model.

Provando que o mundo está mudando, mesmo que ligeiramente, e que dykes are the new fags. Minha mãe tinha razão, devemos estar na moda.

Espero que ela não se classifique, fique sem dinheiro e seja obrigada a aceitar um emprego degradante e sujo na minha alcova.

LEMBREM-SE SEMPRE, GAROTAS: se ela te ama e quer casar com você, corta!

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