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quinta-feira, setembro 14, 2006

DILDO, O HOMEM-OBJETO

Parte 5 – “Glandes Amigos”


Quando estava na Hungria, Dildo conheceu alguém que lhe acompanharia para o resto da vida. Um amigo. Um amigo pras horas difíceis.

Tudo começou quando ele foi conhecer as grutas de Budapeste. Entrou, se enfiou, e uma hora ficou entalado. Não ia nem vinha. A gruta era muito apertadinha pro tamanho do Dildo.

Dildo ficou lá um tempo, se esfregando pra ver se a entrada da gruta abria um pouquinho, mas não adiantou. O tempo foi passando. Foi anoitecendo. Dildo começou a se preocupar. Se virou todo pra ver se enxergava do outro lado, mas não havia ninguém entrando por trás. Dildo estava sozinho na gruta. E o pior: a gruta estava úmida.

Com medo de pegar uma pneumonia, Dildo soltou uma lágrima. Foi enfraquecendo, perdendo as forças, até que ficou mole. Agora mesmo é que eu não entro, pensou Dildo. E adormeceu torto pra esquerda.

De repente, Dildo acorda sentindo-se escorregar. E vê um homem cheio de gel, falando russo, o ajudando a entrar na gruta, a desentalar. Aliviado, Dildo vai até o fundo. E o novo amigo vai junto.

Depois de terminada a aventura, os dois trocam apresentações. Dildo fica sabendo então que seu salvador é russo e se chama Konstantin Yuri. Mas como tem dificuldades para pronunciar, chama-o só de KY. KY, por sua vez, tinha dificuldade com o sotaque brasileiro, então se referia carinhosamente a Dildo como “meu glande amigo”.

Tornaram-se inseparáveis. KY levou Dildo para conhecer a Perestróika. Se hospedaram na Prochaska. KY até introduziu Dildo à Sharapova. Levou Dildo aos buracos mais obscuros. Ajudou Dildo nos maiores apertos. O mundo se abria para eles.

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