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terça-feira, outubro 10, 2006

No set com


AVA GINA FONDA


Lésbica crítica.


Não consigo escrever direito porque estou trêmula, ofegante e vazando até agora.

No domingo, começo da tarde, peguei Anne Carole pela correntinha do mamilo e fomos ver Black Dahlia.

Queridas amigas, eu nem sei direito o que acontece no filme.

Só sei que tudo começa com o Josh Hartnet, que é o marido que toda a mulher que escolhe como eu gostaria de ter em casa, revezando com a Daniela Sea. Ele é bem lisinho.

Mas quando a gente acha que vai se contentar com ele mesmo, entra em cena a loira iceberg do século, Scarlet Johanson, que só pelo fato de ter esse nome nem precisava ser bonita, mas é. E desfila de lingerie anos 40.

Já é satisfatório, mas ainda é pouco temático para quem viveu tantas experiências como eu, sabe como é, a gente fica complacente e precisa aprofundar.

Então o filme mais uma vez não desaponta, joga e esfrega na nossa cara a duas vezes vencedora do oscar da academia em papéis masculinizados, Hilary Swank, linda, pálida, magra, musculosa, bem vadia, num papel sexualmente ambíguo, má, fumante e de vestido justo.

Neste momento eu fiquei tensa, puxei a correntinha com muita força e fiquei com o mamilo de Anne Carole na mão, o que foi ótimo, pois pude usá-lo mais confortavel e discretamente para propósitos excusos, ao mesmo tempo em que dizia em seu ouvido, “Anne, hoje você vai ter que correr o Iron Man entre lençóis de cetim, depois ainda fazer uma performance de salto triplo com vara.”

Só que não pára por aí. Quando aparece a Black Dahlia é que a coisa pega. Ninguém menos do que Mia Kirschner. A Jenny, do L word. Para quem não entende muito bem, basta dizer que Jenny e Max fazem parte da mesma fantasia.

Mia faz o papel de uma adolescente que não vale uma cachaça, quer ser atriz na Hollywood dos anos 40 e topa qualquer coisa para conseguir. Qualquer coisa mesmo. Inclusive fazer filme pornô lésbico, com direito a dildo e tudo. Gente, a essa altura eu já tava mastigando o mamilo da Anne Carole e implorando que ela mastigasse o meu.

O filme tem uma trama policial interessante. E mais interessante ainda é a direção de Brian de Palma. Ele tira sarro sutilmente, tanto que a maioria nem percebe a paródia. Direção de arte ótima, figurinos ótimos. Toda aquela aura dos anos 40 que eu adoro, chiquérrima e decadente... Acho que nasci com 30 anos de atraso.

E tem o lado homossexual da coisa, claro. Algumas cenas se passam dentro de bares lésbicos da época, mulheres vestidas elegantemente de homem, outras femininas coqueteando com suas piteiras, aquele clima de low life e bebida contrabandeada e k.d. lang de smoking cantando cercada de coristas...

Foi quando eu colei o mamilo mastigado debaixo do braço da poltrona do cinema, pulei em cima de Anne Carole e sussurrei em seu ouvido já babado, “chega de lei seca, meu bem, quero fazer uma cena agora e quero figurantes”.

Ali mesmo, organizamos uma orgia contando com a participação das duas últimas fileiras da sala de projeção. Todo mundo gostou, mas a gente perdeu uns detalhes do filme. Não faz mal. Depois de gritar umas 4 vezes, fiquei deitada no colo de Anne Carole enrolando seus pelos do peito e pensando, “acho que alguém derrubou pipoca dentro de mim”.

Nada como um feliz domingo no cinema.

Cotação:
3 dedadas para o roteiro
69 dedadas para o elenco, rápidas e profundas.

E LEMBREM-SE GAROTAS, NEM SEMPRE É PRECISO ESCOLHER PAPÉIS: SE ELA TE CHAMAR DE OSCAR, MOSTRE SUA PALMA DE OURO.

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