quinta-feira, julho 03, 2008
CLOSET
4
Na calçada Melissa pensa que precisa achar uma loja de artigos esportivos. Não joga golfe há anos e deixara sua indumentaria na casa da ex. A mulher laranja devia estar usando.
- Pois não, diz a moça da loja.
- Preciso de sapatos de golf, Mel diz. E luvas.
- Claro. Por aqui. Você é 44 ou 35?
- 35.
- Ótimo.
Mel prova os sapatos e escolhe uma luva.
- Vou levar.
- Sem experimentar?
- Já experimentei.
- A luva não.
Melissa começa a colocar a luva na mão esquerda mas a vendedora segura seu braço.
- Não, no provador.
- Mas é só uma luva…
A outra a ignora e a espera no provador segurando a cortina aberta.
- Veste a luva e me chama para ver como ficou.
Fecha a cortina. Melissa obedece achando tudo muito estranho. Percebe pelo espelho os olhos da vendedora a espiando pela fresta. Contagiada pela sensação de não ter endereço nem emprego nem amigos nem qualquer laço com a cidade, decide jogar. E não estamos falando de golf.
Ela coloca a bolsa no chão e deposita a luva no banco do provador. Se movendo devagar, tira o blazer e desabotoa a camisa. Os olhos continuam lá, no espelho. E nela. Abre o zíper e deixa a saia cair no chão. Assim, de lingerie e meias pretas, pega a luva para experimentar. Vê a cortina abrir.
- Serviu?
- Sim.
- Apertada?
- Um pouco.
- Deixa eu ver.
Por trás a vendedora enfia a mão na calcinha, direto pra dentro de Melissa,
- Apertada.
Melissa respira fundo e fecha os olhos.
- Mas entra.
A vendedora entra.
- E sai.
A vendedora sai.
- Viu?
A vendedora rasga a meia, a calcinha e diz:
- Eu gosto apertada.
Melissa joga a cabeça para trás e se deixa entrar e sair, cada vez mais facilmente.
xxx
Melissa acorda ofegante e suada, com a própria mão entre as pernas. Outro sonho. Sua vida sonhada andava uma putaria. Melhor levantar. Tinha que acertar algumas bolas em algumas horas.
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Na calçada Melissa pensa que precisa achar uma loja de artigos esportivos. Não joga golfe há anos e deixara sua indumentaria na casa da ex. A mulher laranja devia estar usando.
- Pois não, diz a moça da loja.
- Preciso de sapatos de golf, Mel diz. E luvas.
- Claro. Por aqui. Você é 44 ou 35?
- 35.
- Ótimo.
Mel prova os sapatos e escolhe uma luva.
- Vou levar.
- Sem experimentar?
- Já experimentei.
- A luva não.
Melissa começa a colocar a luva na mão esquerda mas a vendedora segura seu braço.
- Não, no provador.
- Mas é só uma luva…
A outra a ignora e a espera no provador segurando a cortina aberta.
- Veste a luva e me chama para ver como ficou.
Fecha a cortina. Melissa obedece achando tudo muito estranho. Percebe pelo espelho os olhos da vendedora a espiando pela fresta. Contagiada pela sensação de não ter endereço nem emprego nem amigos nem qualquer laço com a cidade, decide jogar. E não estamos falando de golf.
Ela coloca a bolsa no chão e deposita a luva no banco do provador. Se movendo devagar, tira o blazer e desabotoa a camisa. Os olhos continuam lá, no espelho. E nela. Abre o zíper e deixa a saia cair no chão. Assim, de lingerie e meias pretas, pega a luva para experimentar. Vê a cortina abrir.
- Serviu?
- Sim.
- Apertada?
- Um pouco.
- Deixa eu ver.
Por trás a vendedora enfia a mão na calcinha, direto pra dentro de Melissa,
- Apertada.
Melissa respira fundo e fecha os olhos.
- Mas entra.
A vendedora entra.
- E sai.
A vendedora sai.
- Viu?
A vendedora rasga a meia, a calcinha e diz:
- Eu gosto apertada.
Melissa joga a cabeça para trás e se deixa entrar e sair, cada vez mais facilmente.
xxx
Melissa acorda ofegante e suada, com a própria mão entre as pernas. Outro sonho. Sua vida sonhada andava uma putaria. Melhor levantar. Tinha que acertar algumas bolas em algumas horas.