quarta-feira, junho 09, 2010
FLAT
1.
Antes de abrir os olhos Ana acorda. Confusa. Dolorida. A consciencia voltando devagarinho e ela tentando entender ou tentando voltar a dormir. As palpebras ficam claras, hora de abrir os olhos. Abre so uma fresta e e soterrada por uma luz branca. Fecha os olhos. Abre. Muita luz e um vulto. Fecha. Lacrimeja. Abre. Muita luz e uma mulher olhando pra ela. Fecha os olhos. Quem e aquela mulher? Abre. Muita luz, uma mulher, poucos moveis num quarto.
Tirando a cama onde estava deitada, so uma cadeira, um suporte de soro e uns aparelhos fazendo bip bip conectados ao seu corpo atraves de fiozinhos e ventosinhas. Uma em cada tempora, uma em cada ombro, uma em cada mamilo.
- Hospital?
- Shhh.
- Eu to num hospital? Por que?
A mulher pega um rolo de esparadrapo e cola sua boca fechada.
- A policia encontrou voce vagando pelas ruas num estado de confusao e indecencia.
- Confusao e indecencia?
- Parece que voce estava vestindo so um trenchcoat e um controle de wii. Levamos duas horas pra remover o controle.
Ela pega um raio X e olha contra a luz.
- Parece que o botao A ainda esta ai, alojado atras do seu ovario direito.
- Onde? Como assim wii? Eu nao lembro de nada!
- Calma, Ana, agora voce tem que relaxar.
- Quem e voce?
- Dra. Flat.
Ela estende a mao, mas quando Ana vai apertar ela enfia a embaixo do lencol e, deixando uma cosquinha estranha na porta dos fundos de Ana, produz um termometro. Ai nota a paciente com a mao estendida pra cumprimenta-la. Coloca o termometro na propria boca e segura a mao da outra.
- Nao precisa se preocupar que tudo vai ficar bem, Ana. Agora tente voltar a dormir.
A cabeca de Ana doi. O cu tambem. Tem um flashback de uma cena. Yoshie fumando um cigarro, bebendo sake, batendo a cinza no sashimi e rindo. Essa vaga lembranca doi como um infarto. E tudo fica preto.
***
1.
Antes de abrir os olhos Ana acorda. Confusa. Dolorida. A consciencia voltando devagarinho e ela tentando entender ou tentando voltar a dormir. As palpebras ficam claras, hora de abrir os olhos. Abre so uma fresta e e soterrada por uma luz branca. Fecha os olhos. Abre. Muita luz e um vulto. Fecha. Lacrimeja. Abre. Muita luz e uma mulher olhando pra ela. Fecha os olhos. Quem e aquela mulher? Abre. Muita luz, uma mulher, poucos moveis num quarto.
Tirando a cama onde estava deitada, so uma cadeira, um suporte de soro e uns aparelhos fazendo bip bip conectados ao seu corpo atraves de fiozinhos e ventosinhas. Uma em cada tempora, uma em cada ombro, uma em cada mamilo.
- Hospital?
- Shhh.
- Eu to num hospital? Por que?
A mulher pega um rolo de esparadrapo e cola sua boca fechada.
- A policia encontrou voce vagando pelas ruas num estado de confusao e indecencia.
- Confusao e indecencia?
- Parece que voce estava vestindo so um trenchcoat e um controle de wii. Levamos duas horas pra remover o controle.
Ela pega um raio X e olha contra a luz.
- Parece que o botao A ainda esta ai, alojado atras do seu ovario direito.
- Onde? Como assim wii? Eu nao lembro de nada!
- Calma, Ana, agora voce tem que relaxar.
- Quem e voce?
- Dra. Flat.
Ela estende a mao, mas quando Ana vai apertar ela enfia a embaixo do lencol e, deixando uma cosquinha estranha na porta dos fundos de Ana, produz um termometro. Ai nota a paciente com a mao estendida pra cumprimenta-la. Coloca o termometro na propria boca e segura a mao da outra.
- Nao precisa se preocupar que tudo vai ficar bem, Ana. Agora tente voltar a dormir.
A cabeca de Ana doi. O cu tambem. Tem um flashback de uma cena. Yoshie fumando um cigarro, bebendo sake, batendo a cinza no sashimi e rindo. Essa vaga lembranca doi como um infarto. E tudo fica preto.
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