<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, setembro 30, 2005

COMO FAZER UMA CANÇÃO COM APENAS UMA PALAVRA DE VERDADE 

Dererê Banana
(letra: Tata Gilberto, música: não tem, o que vier na hora)


ungunderere
ungungundum dererê
partim pim pum dererê
nila gundum dererê
suzygundum dererê
iahumgum duummmm
bananeiraaaa...
a-aaaaaaaaaaa-a-a

(repete até dar micose na glote)


vmbmente,

quinta-feira, setembro 29, 2005

Peço um minuto sem criticas no vae, nossa querida e primeira lesbica brasileira a dedilhar um instrumento em público, faleceu pela manhã! Um adeus a Heloisa Meireles, a violeira do sertão!

terça-feira, setembro 27, 2005

No set com

AVA GINA FONDA

Lésbica crítica, inclusive de cinema.


"Ontem estava cansada, arrasada, a pele sem viço e os lábios secos, então passei na Blockbuster e peguei Miss Simpatia 2.

Cheguei em casa e falei pra minha concubina submissa Anne Carole de la Gorge preparar um filé de arraia que eu ia ver a Sandra Bullock.

Eu adoro a Sandra Bullock. Pronto, falei.

Anne Carole ficou correndo pela sala pra aquecer enquanto eu comia um sufflair delicadamente, esperando cada pedaço derreter na ponta dos meus dedos e formar uma capa protetora.

O filme é assim, tipo Miss Simpatia mesmo, né. Eu dei 12 risadas básicas, uma bem boa e entre 20 e 30 sorrisos. Mas essa não é a grande novidade. A grande novidade é que Miss Simpatia, sim senhora, é um filme gay.

Pensa comigo, amiga. Primeiro a grande e lírica sequência inicial com a Sandra Buttocks sem vaidade, cabelo despenteado, sem salto, relógio cebolão, preparando um jantar desses tipo Congelados Sadia, no seu apartamento funcional e sem decoração. De-li-cio-sa-mente masculinizada. Adorei o momento tocante onde o namorado dá um pé nela por telefone. Minhas esperanças se renovaram neste momento. Quase disse pra Anne Carole guardar o filé de volta na calcinha.

Depois a Buttocks é obrigada a se vestir de mulher por uns 50 minutos de filme, sempre protegida por sua parceira agente do FBI sapatão. Depois, quando tudo fica sério e ela se encontra com ela mesma, entra num banheiro de posto de gasolina e sai, em câmera lenta, música apoteótica, DE TERNO, SAPATO MASCULINO E DISTINTIVO DO FBI NO CINTO!

Gente, é o contrário dos Breakfests Clubs que forjaram a parte mais traumática da nossa adolescência, onde a garota sem vaidade sempre penteava o cabelo, tirava os óculos, passava baton e se transformava na Molly Ringwald. AAAAHHHH!!!

(Eu prefiro não tocar nesse assunto porque a decepção era grande, lágrimas rolavam e eu me sentia condenada e subjugada à ditadura da feminilidade. Porque eu não podia ser Pretty sem ser in Pink? Mas corta! Isso é assunto para uma sessão de terapia. A minha Psi sempre cura essas recaídas apagando incensos na minha pele, costuma ser um momento revelador e erótico.)

Voltando ao filme, o final ainda mais romântico mostra nossa querida Sandra Buttocks em perigo iminente, à beira de morrer quando... Quem volta para salvá-la? O ex-namorado? O novo chefe? Suzy UltraSeven? Não: a parceira agente do FBI sapatão, impávida, brava, destemida, mal-humorada e feia pra caralho!

O filme termina num fraterno abraço entre as duas. E você sabe, quando se trata de lésbicas, um abraço fraterno equivale a uma sessão de sexo animal.

Depois de tudo isso desliguei o DVD, me joguei na banheira de hidromassagem e desafiei Anne Carole a provar que era melhor do que as duchinhas.

Agora aguardo ansiosamente à sequencia do filme, provavelmente com as duas casadas, fazendo inseminação artificial, onde a médica é a Meryl Streep, o mecânico do FBI é a Magic Paula e o vilão é a Nila Branco com roupas de couro falso.

Cotação do filme:
5 dedadas pro roteiro
5 pra atriz principal
15 pra mim

E LEMBREM-SE GAROTAS: SE A ATRIZ PRINCIPAL NÃO ESTÁ CONSEGUINDO FAZER VOCÊ CHEGAR LÁ, USE COADJUVANTES. "

simpaticamente,

segunda-feira, setembro 26, 2005

ESCLARECIMENTO 

Não queremos que nenhuma Rainha se sinta ofendida com o nosso post. Na verdade, a idéia é apenas fazer um trocadilho, e não difamar um movimento musical autêntico.
Seria ótimo que Ana C., Roberta M. ou N. Branco rimassem com alguma coisa bagaceira ou ruim que desse um fechamento à história, mas não conseguimos lembrar de nada. Se nossas leitoras tiverem alguma idéia, será bem-vinda.
O VAE desculpa-se pubicamente por qualquer interpretação difamatória que possa vir a ocorrer e declara que não tem nada contra o samba em todas as suas manifestações.
Compreendemos que o movimento dos quadris deve muito à essa prática cultural e nos declaramos adeptas fervorosas do mesmo.

Atenciosamente,

quinta-feira, setembro 22, 2005

Nosso blog esta representando alguns produtos pra aumentar nosso orçamento domestico,
sabem como eh, a gente acaba gastando muito com shampoos anti-frizz, depilação e os
artigos eróticos estão cada vez mais caros, devido a fiscalização alfandegária(vide-daslu).

nosso estoque começa com
• saquinhos de vômito personalizados pra ir a shows da partimpim.
• pente de madeira ana caroli.
• reposicionador de maxilar zelia d.
• pilulas emagrecedoras de marcas diversas.
• óculos escuros suzy.
• reposicionador hormonal marlene
• livro Boas Maneiras, por Angela Ro.

quarta-feira, setembro 21, 2005

LULU APAGA TODAS 

Atenção senhoras e senhoras

Nossa querida e adestrada Lucia faz 30 anos.
E vocês sabem, a pessoa quando faz 30 enlouquece.

Vai ter festinha no 8 bar.

QUINTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO, A PARTIR DAS 21H.

Endereço: rua José Maria Lisboa, 82
10 reais de entrada (quem chegar antes das 22h, não paga entrada), sem consumação.

Compareça. Porque onde a gente vai, vc já sabe o que acontece.

arrumadinhamente,

sexta-feira, setembro 16, 2005

Editora Companhia das Lésbicas apresenta...

ENTRE QUATRO PAREDES

Epílogo


Josefa, Estela e Inês estão jogadas nas poltronas. Todas têm os olhos molhados, mas não choram mais. Estão vazias. As lágrimas secam. As almas secam. Toda a verdade foi dita. O acontece agora?

A porta do quarto se abre sem som. Elas quase podem ver o ar deslocando-se. A expectativa pelo momento era muita. Mas não existe mais força para reagir. Só para esperar. E ver.

Ver a Mulher entrar. Nua, apenas com sapatos de salto alto vermelhos. Loira, escultural, bronzeada. Duas grandes cicatrizes paralelas, verticais, nas costas.

Ninguém diz nada. Ninguém pensa nada. Cada uma vê, na Mulher, o seu algoz. Com uma roupinha de empregada. Ajoelhada num canto, olhando pra cima e limpando o canto da boca. Besuntada com Catupiry.

A última gota de água de cada um dos 3 corpos escorre pelos cantos dos olhos.

A Mulher fecha a porta delicadamente. Dirige-se ao canto da sala. Pega o copo com o caldinho de feijão frio. Bebe. Voluptuosamente. O excesso escorre pelo rosto, pelo queixo, pingando no plexo como se fosse alma demais tentando entrar num peito que não comporta. Deposita o copo de volta na mesa. Pega o trim. Abre as pernas. Puxa o próprio clitóris e o mutila. O sangue aflora, deflora.

Lentamente, a Mulher senta-se. Lentamente, acomoda-se numa posição exatamente igual à da estátua. Lentamente, a Mulher diz:

Eu sou a outra, o inferno, o pesadelo, a sombra.
Eu sou a sua morte e o seu arrependimento.
Sou a falta de dia, de noite, de silêncio e de paz que mede o tempo da sua existência.
E eu sou a música interminável.
E que não existe.
A simbologia.
A mutilação.
Aquilo de que você abriu mão pela outra, e não simplesmente a outra.
Sou o remédio amargo da intolerância.
O preconceito de cada uma.
Aquilo que você não aceitou da outra, e não a outra.
E acima de tudo, e como por causa disso você não viveu direito, eu sou o seu desejo de morte.
Cabra.
Serpente.
Cachorra.
Um anjo.
Pode me chamar de Lúcifer.
Lucy, para as íntimas.

A Mulher fica imóvel. Petrifica. A música pára. As mulheres se olham. Tudo começa a tremer. Como se um terremoto se aproximasse. Um som surdo, uma vibração, um aviso do fim. As três se dão as mãos na última cumplicidade, num momento único, fugaz e genuíno de amor. E despedida.

Então a porta se abre. O som surdo entra. É realmente um surdo. Seguido de um tamborim, um cavaco, uma cuíca, um reco-reco, uma caixa e um teclado yamaha. Todos tocados por mulheres feias. O Samba de Rainha das Condenadas chegou. Bem-vindas ao inferno.

Fim.


sexta-feira, setembro 09, 2005

Toda vez que passo em frente ao CD da Partimpim(o que eh aquele óclãos, meu deusssss) em qualquer Music Store, me da vontade de matar alguém.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?